Os resultados do grupo aéreo, que é um dos três grandes europeus interessados na compra da TAP, foram impactados pelas greves realizadas no início do ano, aumento de custos e atrasos na entrega de aeronaves.
No acumulado do ano, a empresa alemã reportou receitas de 37,6 mil milhões de euros, o que representa um aumento de 6% face ao período homólogo, enquanto os custos cresceram 9% para 39 mil milhões de euros.
"Apesar de um início desafiador em 2024, com grandes impactos das greves, o desempenho financeiro e operacional caminharam para a estabilização no final do ano", refere o grupo na apresentação dos resultados.
A Lufthansa conseguiu aumentar em 9% o número de lugares-quilómetro oferecidos (ASK na sigla em inglês) e o fator de ocupação situou-se em 83,1%, o valor mais elevado de sempre do grupo aéreo.
Além disso, o valor médio pago por um passageiro para voar (yield) diminuiu 2,6%, "devido a aumentos de capacidade em todo o mercado", explica a empresa liderada por Carsten Spohr.
O número de voos das companhias aéreas do grupo, entre as quais a Eurowings, Brussels Airlines ou Swiss, cresceu 4,7% face a 2023, tendo transportado mais de 131 milhões de passageiros.
Para 2025, a empresa mostra-se optimista, prevendo que o lucro operacional "aumente significativamente" em relação a 2024, mesmo com o acréscimo esperado dos custos dos combustíveis em 200 milhões de euros com a obrigação de incorporação de quotas de combustível de aviação sustentável (SAF) que entrou em vigor este ano.
A recente compra de 45% da italiana ITA Airways, sucessora da falida Alitalia, deverá ajudar nos resultados de 2025, com empresa alemã a garantir que está "a abrir novas oportunidades de crescimento para o Grupo".
A Lufthansa, tal como a Air France-KLM e IAG (dona da Ibera e British Airways)já mostraram publicamente interesse na privatização da TAP, processo que caso haja novas eleições legislativas pode ficar novamente suspenso.
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