Recorrer ao uso de emoções "é mais apelativo do que factos secos" até porque este tipo de conteúdo "enfraquece as defesas, incentivando a clicar, comentar ou partilhar sem pensar", lê-se na nota da instituição.
Por isso, é necessário questionar sempre as alegações encontradas 'online', verificando os factos de forma a resistir a estímulos emocionais.
Outra das técnicas utilizadas na propagação de conteúdo enganador é a polarização do debate, "uma tática que amplifica os pontos de vista mais radicais ao mesmo tempo que suprime as opiniões moderadas ou subtis", pelo que se deve procurar sempre o diálogo e um terreno comum entre os pontos de vista.
Além disso, o objetivo da desinformação é sobrecarregar o público com versões contraditórias da mesma história, o que leva as pessoas a não procurar os factos por causa das dúvidas e da confusão gerada.
De forma a contrariar esta tendência, o Parlamento Europeu defende o uso de fontes verificadas e de alta qualidade, dando mais atenção à informação exata em vez de informação rápida.
"Temos tendência a confiar em informação que esteja alinhada com as nossas convicções, um fenómeno que é conhecido como tendência ou viés de confirmação", outros dos aspetos sublinhados pelo órgão europeu.
Os propagadores de desinformação aproveitam esta tendência para "apelar a opiniões pré-existentes de um público específico", sendo que para evitar a manipulação é necessário avaliar de forma crítica a informação que à primeira vista parece legítima.
Retirar a informação do contexto também é uma tática utilizada para enganar, em vez de criar histórias totalmente falsas, pois embora os factos pareçam credíveis são usados de forma enganadora.
Para evitar cair nesta armadilha deve-se pensar no contexto no qual a afirmação ou imagem foram feitas, recorrendo a fontes oficiais.
Por fim, a instituição refere ainda as táticas de silenciamento que inundam as redes sociais com ataques pessoais ou recorrem a 'trolls' (alguém que faz declarações inflamatórias na internet) ou 'deepfakes' (técnica que modifica o rosto de uma pessoa em vídeo ou imagem) alimentados por inteligência artificiar (IA) para intimidar, de forma a impor a autocensura e eliminar formas de discordância.
Para contrariar este problema deve-se denunciar as ameaças e o discurso de ódio, bem como apoiar os indivíduos afetados.
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