Desacordos sobre Israel, Palestina e Trump ameaçam fusão Unilever/Ben & Jerry's

A Ben & Jerry's alegou que o seu presidente executivo foi destituído ilegalmente pela 'holding' (empresa cabeça do conglomerado) Unilever, em retaliação pelo ativismo social e político da fabricante de gelados.

Notícia

© Shutterstock

Lusa
20/03/2025 09:29 ‧ ontem por Lusa

Economia

Empresas

Em queixa judicial entregue ao final de terça-feira, a Ben & Jerry's afirmou que a Unilever informou a sua administração, em 03 de março, que ia destituir e substituir David Stever.

 

Nos seus argumentos, a Ben & Jerry's avançou que esta decisão violou o acordo de fusão com a Unilever, que estipula que qualquer acordo sobre a remoção do presidente executivo tem de ser antecedida de uma consulta com uma comissão da administração da Ben & Jerry's.

A Unilever adquiriu a Ben & Jerry's em 2000 por 326 milhões de dólares.

Na altura, a Ben & Jerry's avançou que a parceria iria ajudar a empresa progressista baseada no Estado de Vermont a expandir a sua missão social.

Mas, ultimamente, a união não tem corrido bem. Em 2021, a Ben & Jerry's anunciou que iria deixar de servir colonatos israelitas na ocupada Cisjordânia e no disputado leste de Jerusalém.

No ano seguinte, a Unilever vendeu o seu negócio em Israel a uma empresa local, que avançou que iria vender os produtos da Ben & Jerry's, mas sob a sua designação em Árabe e Hebraico em Israel e na Cisjordânia.

Em maio, a Unilever disse que estava a planear fazer o 'spin-off' (separação) do seu negócio de gelado, incluindo a Ben & Jerry's, no final de 2025, como parte de uma grande reestruturação.

A Unilever também comercializa produtos de higiene, como o sabonete Dove., e alimentares, como a maionese Hellmann.

Mas a acrimónia continuou. Em novembro, a Ben & Jerry's processou a Unilever em um tribunal federal, em Nova Iorque, acusando-a de silenciar as declarações da Ben & Jerry's em apoio dos palestinianos, a propósito da situação na Faixa de Gaza.

Na sua queixa, a Ben & Jerry's disse que a Unilever também recusou autorização para a fabricante de gelados divulgar mensagens nas redes sociais, onde identificava questões que acreditava irem ser problemáticas para o segundo mandato de Donald Trump, como salário mínimo, acesso universal a cuidados de saúde, abordo e rutura climática.

A queixa entregue na quinta-feira complementa esta entregue em novembro.

Leia Também: Celebridades unem-se contra IA e fazem apelo a Trump sobre 'copyright'

Partilhe a notícia

Escolha do ocnsumidor 2025

Descarregue a nossa App gratuita

Nono ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas