"Os recentes aumentos das tarifas e a incerteza sobre a política comercial global enfraqueceram as perspetivas da atividade económica mundial", afirmou em comunicado o Banco da Reserva da Nova Zelândia, um dos primeiros a reagir à turbulência económica que afeta os mercados mundiais.
"Após uma avaliação detalhada da evolução das condições macroeconómicas e financeiras e das perspetivas, o comité [Comité de Política Monetária do Banco da Reserva da Índia (RBI)] votou por unanimidade para reduzir a taxa de juro de referência em 25 pontos base para 6% com efeito imediato", disse, por sua vez, o governador do RBI, Sanjay Malhotra, numa declaração em vídeo.
"As recentes medidas relacionadas com os direitos aduaneiros sobre o comércio exacerbaram as incertezas quanto às perspetivas económicas nas regiões, o que representa novos ventos contrários para o crescimento global e a inflação", acrescentou Malhotra.
Com argumentos semelhantes, os dois países reagiram assim às tarifas anunciadas pelos Estados Unidos na semana passada, de uma taxa alfandegária mínima de 10% sobre todas as exportações para os Estados Unidos e tarifas adicionais impostas a cerca de 60 países, em vigor desde sábado passado e hoje, respetivamente.
Em resposta, a China anunciou taxas sobre os EUA, enquanto outros países optaram por negociar com Washington.
O banco central neozelandês sublinha que "os aumentos tarifários anunciados pelos Estados Unidos, as ações de retaliação de vários parceiros comerciais e a crescente incerteza geoeconómica terão um impacto negativo significativo no crescimento global".
"A procura das nossas exportações deverá diminuir, refletindo uma atividade mais fraca nas economias dos nossos parceiros comerciais, especialmente na Ásia", antecipa o banco central, que aponta também para uma possível diminuição das importações.
Para além de uma perspetiva semelhante de arrefecimento das trocas, o RIB anunciou ainda uma redução das estimativas de crescimento do produto interno bruto (PIB) indiano para 6,5% para o ano fiscal de 2025-2026 (abril-março) de 6,7% projetados anteriormente.
Esta é a segunda ocasião consecutiva em menos de três meses que o RIB decide baixar as taxas de juro -- em fevereiro também cortou 25 pontos base -, depois de as manter inalteradas durante cinco anos.
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