Banco de Moçambique alerta para risco de aumento da inflação a médio prazo

O Banco de Moçambique admite um risco de aumento da inflação a médio prazo, devido ao agravamento do "risco fiscal", nomeadamente num contexto de dificuldade de mobilização de recursos para o Orçamento do Estado.

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Lusa
10/04/2025 09:24 ‧ há 6 dias por Lusa

Economia

Moçambique

"Os riscos e incertezas associados às projeções da inflação aumentaram", refere-se no mais recente Relatório de Conjuntura Económica e Perspetivas de Inflação, do Banco de Moçambique.

 

"Destacam-se como prováveis fatores de aumento da inflação, no médio prazo, os impactos do agravamento do risco fiscal, num contexto de crescentes desafios para a mobilização de recursos financeiros para o Orçamento do Estado, e os efeitos dos choques climáticos e da tensão pós-eleitoral sobre os preços de bens e serviços", aponta-se no documento.

Ainda assim, o Banco de Moçambique mantém a previsão de "inflação de um dígito no médio prazo, a refletir, essencialmente, a estabilidade do metical e o impacto das medidas" tomadas pelo Comité de Política Monetária, que progressivamente tem vindo a descer a taxa de juro.

Os preços em Moçambique subiram 0,52% em fevereiro, com a inflação homóloga a chegar aos 4,74%, segundo dados divulgados anteriormente pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

O Índice de Preços no Consumidor (IPC) do INE indica que Moçambique "registou um aumento de preços na ordem de 0,52%" face a janeiro (1,45%), em que se destacou, como nos meses anteriores, a alimentação e bebidas não alcoólicas, ao contribuir no total da variação mensal com 0,33 pontos percentuais positivos.

Trata-se da sexta subida mensal consecutiva, depois de o IPC ter registado quatro meses de deflação: 0,11% em agosto, 0,05% em julho, 0,21% em junho e 0,38% em maio.

O INE refere igualmente que os dados dos primeiros dois meses do ano, quando comparados com 2024, indicam uma subida de preços homóloga de 4,74%, influenciada sobretudo pelas divisões de alimentação e bebidas não alcoólicas e de restaurantes, hotéis, cafés e similares, que aumentaram num ano 11,89% e 6,20%, respetivamente.

A inflação acumulada de 2024, segundo dados anteriores do INE, fixou-se nos 4,15%, que compara com os 5,3% de 2023, mas abaixo do pico de quase 13% atingido em julho de 2022.

Leia Também: UE vê Moçambique pronto para "nova página" após diálogo entre PR e oposição

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