TAP atenta a "episódios residuais" de odores em voos

A TAP garante que tem estado a atenta aos episódios de odores que têm levado a aterragens de emergência, realçando que se trata de uma percentagem residual de voos e uma questão transversal ao setor.

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Lusa
17/04/2025 16:28 ‧ há 2 dias por Lusa

Economia

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"O empenho da TAP tem-se destacado neste tema específico, indo além do que é praticado pela indústria, acompanhando de perto toda a informação e os avanços tanto na IATA [Associação Internacional de Transportes Aéreos] quanto na Airbus, pois trata-se de uma questão transversal no setor, que tem merecido a atenção constante por parte das companhias aéreas e dos fabricantes", lê-se numa nota informativa da TAP aos tripulantes, a que a Lusa teve acesso.

 

Na quarta-feira, um avião Airbus A320 da TAP aterrou de urgência no Aeroporto Francisco Sá Carneiro, no Porto, devido a um caso de inalação de odores ('fumes', em inglês) e não de fumo, conforme esclareceu fonte da TAP à Lusa.

"A TAP tem estado muito atenta a estes episódios, mesmo que no universo de todos os voos estes sejam uma percentagem residual, o que não nos tem impedido de fazer todos os esforços para esclarecer qualquer dúvida e procurar ativamente e com persistência soluções disponíveis na indústria", refere a transportadora aérea na nota enviada aos tripulantes.

A TAP adianta que recentemente, após aprovação por parte da fabricante Airbus, foi instalado no avião Carlos Paredes um equipamento para a deteção de odores associados a elementos que possam ser tóxicos.

Aquele equipamento, prossegue, "operou em quatro voos, não sendo detetada a presença de qualquer um desses elementos, incluindo no voo em que foram reportados odores".

A companhia aérea pretende continuar esta prática noutros aviões, "de forma a recolher o máximo de informação possível".

No dia 11 de março, a alegada presença de cheiros a bordo e a indisposição de alguns elementos da tripulação levaram o Airbus A321neo da TAP, com 192 passageiros, a divergir para o Porto, depois de descolar de Lisboa com destino a Londres, segundo o boletim trimestral do Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves e de Acidentes Ferroviários (GPIAAF), a que a Lusa teve acesso.

Segundo o GPIAAF, havia informação prévia da tripulação de voo sobre problemas anteriores com cheiros na aeronave do evento, referente ao mesmo dia, nos dois voos anteriores.

No primeiro voo entre Lisboa e o Funchal foi reportada "a presença de cheiros estranhos na zona traseira da aeronave".

No Funchal, os serviços de manutenção realizaram uma inspeção aos dois motores e à APU (Unidade Auxiliar de Potência) "sem qualquer anomalia reportada", enquanto no segundo voo, do Funchal para Lisboa, "foram reportados cheiros estranhos à descolagem, contudo terão desaparecido logo de seguida".

"Entre a ocorrência do dia 11 de março que levou a aeronave a aterrar no Porto em emergência e o retorno da aeronave ao serviço regular na manhã do dia 14 de março, os serviços de manutenção do operador realizaram trabalhos de despiste da anomalia reportada, seguindo as recomendações do fabricante para este tipo de situação, sem resultados conclusivos", revelou o GPIAAF.

De acordo com o GPIAAF, em 2024 houve 1.249 reportes deste tipo de ocorrências na base de dados europeia, sendo um assunto que tem vindo a ser objeto de atenção pela indústria, organismos de investigação e EASA, regulador europeu.

Leia Também: Aterragem de emergência no Porto deveu-se a um caso de odores

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