Numa intervenção na conferência sobre a responsabilidade social das empresas e organizações na luta contra a fome, realizada em Lisboa, Adriano Moreira criticou o facto de "mais de metade" dos Estados membros nas Nações Unidas não terem capacidade para responder aos desafios da natureza, como terramotos, tsunamis, inundações, pestes e a "guerra dos povos".
O Conselho Económico e Social é um dos órgãos mais importantes das Nações Unidas, composto por 54 membros, eleitos pela Assembleia Geral para mandatos de três anos.
Destina-se ao estudo de questões relativas à saúde, organização económica, direitos da mulher, infância, direito do trabalho internacional, direito cultural e de independência dos povos.
Em sentido contrário, o antigo dirigente partidário sublinhou que a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) tem sido "uma janela de liberdade" para todos os seus membros.
"Esta espécie de regionalização parece ter antecedido o movimento que no mundo procura acudir ou declinar as soberanias e poderes inerentes tradicionais, implantando a confiança recíproca, ponto o respeito no lugar da tolerância, o dialogo como conciliador das divergências", sublinhou o também professor Adriano Moreira.
Quanto a Portugal, o dirigente histórico do CDS disse que "estará sempre ligado" aos alicerces da CPLP, mas o país pertence a União Europeia (EU), organização que, lembrou, "está sem Conselho Estratégico e hesitante sobre se deixará escolher entre a União ou a federação ou entre uma Alemanha europeia ou uma Europa alemã".