"Vou-me pôr a par da situação, pelas instituições e pelo colega grego. Espero que haja alguns progressos para serem relatados", disse Jeroen Dijsselbloem aos jornalistas, à chegada à reunião do Eurogrupo.
O também ministro das Finanças da Holanda voltou a reiterar a "urgência" de se chegar a um acordo. "Vamos ver o que as próximas semanas nos trarão", afirmou.
Questionado sobre o pouco tempo agora existente para chegar a um entendimento com a Grécia quanto às medidas a adotar no país, uma vez que a data-limite definida em fevereiro era abril, Dijsselbloem lembrou que o mês ainda não acabou e fez questão de sublinhar que esse prazo é mais importante para a Grécia do que para o Eurogrupo, porque é ao país que interessa um entendimento para poder ter acesso a financiamento.
Também à chegada ao Eurogrupo, o comissário europeu para o Euro, o letão Valdis Dombrovskis, afirmou que até ao momento os "progressos nas negociações técnicas ainda não são suficientes para haver um acordo", reiterando que é "importante acelerar".
Durante várias semanas este Eurogrupo informal de Riga ter sido apontado como aquele em que deveria haver um acordo - pelo menos preliminar - que permitisse a Atenas ultrapassar o impasse em que está e aceder à última tranche do programa de resgate, de 7,2 mil milhões de euros.
No entanto, as dificuldades em chegar a um entendimento com os credores levou a que nos últimos dias fossem diminuídas as expectativas sobre este encontro, falando-se agora de um eventual entendimento mais para o final deste mês ou início de maio.
Desde fevereiro que o Governo liderado por Alexis Tsipras está em negociações com o chamado Grupo de Bruxelas, constituído por Comissão Europeia, Banco Central Europeu, Fundo Monetário Internacional (a ex-troika) e ainda Mecanismo Europeu de Estabilidade, sobre as reformas estruturais e as medidas de consolidação orçamental a executar em contrapartida de ajuda financeira.
Apesar de o Governo helénico já ter apresentado várias listas com propostas, as instituições continuam a exigir medidas mais 'aceitáveis', sobretudo em termos de finanças públicas, pensões, legislação laboral e privatizações.
Ainda à entrada para este encontro, Jeroen Dijsselbloem, recusou-se a falar sobre um novo mandato à frente do Eurogrupo, quando é do conhecimento público que o ministro de Economia espanhol, Luis de Guindos, quer assumir esse lugar.
Portugal está representado nesta reunião dos ministros das Finanças e da Economia da zona euro pela ministra Maria Luís Albuquerque.