Esta informação foi divulgada através da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), sendo dito que "quem pretender efetuar uma reclamação de créditos no âmbito do processo de liquidação em apreço deverá apresentar ou remeter ao administrador da insolvência nomeado um requerimento, acompanhado dos documentos probatórios de que disponham".
As reclamações podem ser feitas por via postal ou por correio eletrónico.
Em setembro, o Banco de Portugal revogou a autorização para operar da sucursal em Portugal do Banque Privée, instituição que pertencia ao Grupo espírito Santo com sede na Suíça. Essa revogação implicou a diluição e liquidação da instituição em Portugal.
A revogação de autorização aconteceu cerca um ano depois de a sucursal em Portugal já ter sido objeto de um conjunto de medidas corretivas, como proibição da concessão de novo crédito, de aplicação de fundos e de receção de depósitos.
Segundo a informação que consta na CMVM, os "depósitos detidos por clientes da sucursal foram já integralmente reembolsados" e mesmo a restante atividade está em níveis residuais, caso do crédito a clientes que caiu "cerca de 60%" desde setembro de 2014.
O Banque Privée Espírito Santo integrava o Grupo Espírito Santo (GES), que entrou em colapso no verão de 2014, com várias 'holdings' a avançarem com pedidos de insolvência devido à impossibilidade de respeitarem o reembolso de emissões de dívida colocadas no mercado, num processo que afetou também o Banco Espírito Santo (BES).
O BES, tal como era conhecido, acabou a 03 de agosto de 2014, quatro dias depois de apresentar um prejuízo semestral histórico de 3,6 mil milhões de euros.