Túnel de Águas Santas deverá estar concluído em maio de 2017

A primeira fase das obras de alargamento do sublanço da autoestrada A4, na Maia, Porto, que implica a construção de um novo túnel em Águas Santas de 3,6 quilómetros, deverá estar concluída em maio de 2017.

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Lusa
27/10/2015 20:04 ‧ 27/10/2015 por Lusa

Economia

A4

Segundo Manuel Lamego, da comissão diretiva da Brisa -- concessionária - o novo túnel ficará a norte das duas galerias já existentes, terá quatro faixas de rodagem no sentido Amarante -- Porto e um investimento de 13,5 milhões de euros, englobando o projeto, a construção e as expropriações dos terrenos.

Numa sessão pública de apresentação da empreitada, na Maia, Manuel Lamego explicou que as obras poderão criar "alguns incómodos pontuais" ao tráfego automóvel, mas no final trará "grandes benefícios" para as pessoas e um maior desenvolvimento regional.

Naquele troço da A4, o responsável frisou que, diariamente, passam mais de 60 mil carros e, quando atingida essa média, o contrato de exploração de autoestradas pela Brisa determina a necessidade de construção de quatro vias em cada sentido de circulação.

Os dois túneis já existentes, que irão assegurar em exclusivo a circulação no sentido Porto-Amarante, também serão alvo de obras de reabilitação.

A segunda fase da obra, que implica o alargamento e beneficiação de duas para quatro vias do sublanço da A4 -- Águas Santas/Ermesinde, será lançado no próximo mês de novembro a concurso público, deverá arrancar no verão de 2016 e estar concluída em 2018.

Este alargamento tem um investimento estimado de 25,3 milhões de euros, valor que engloba a construção e as expropriações.

Manuel Lamego salientou que a construção do novo túnel começa antes da empreitada da ampliação da autoestrada por "razões de compatibilidade das intervenções".

No total, a Brisa investe 40 milhões de euros nesta empreitada que obrigou ainda à construção de uma nova escola, à relocalização de um acampamento nómada, à demolição de uma passagem de peões e à execução das acessibilidades do viaduto da Granja, concluído em 1995, mas que nunca entrou em serviço.

Como contrapartidas, a Câmara da Maia cedeu 12 parcelas para construção, tratou do levantamento, recenseamento e realojamento das pessoas do acampamento nómada, elaborou os estudos e projetos da nova escola e habitações, num investimento de três milhões de euros.

Segundo o autarca local, Bragança Fernandes, esta obra é "muito positiva e importante" porque irá trazer uma nova centralidade.

Na plateia, onde estavam moradores, dirigentes associativos ou presidentes de junta de freguesia, uma das dúvidas era sobre a forma como iriam ser feitos os rebentamentos, obrigatórios para a construção do novo túnel.

Sobre esta questão, um engenheiro da Brisa, Vítor Santiago, realçou que os rebentamentos, em acordo com a autarquia, irão ser feitos a meio da manhã e da tarde, antes da hora de ponta por motivos de segurança.

Além disso, uma participante alertou para o facto de ter recebido, na caixa de correio, um documento assinado por um "intitulado engenheiro" alertando para os "estragos" dos rebentamentos nas habitações, "oferecendo" os seus serviços.

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