CX16270815" lang="PT-PT" xml:lang="PT-PT">Conhecida pelo papel na área da farmacêutica, a alemã Bayer também é uma das grandes fornecedoras de pesticidas e sementes do mundo. E é graças à forte presença nesse mercado que a emblemática patrocinadora do Bayer Leverkusen está interessada noutro gigante: a Monsanto.
De acordo com informações avançadas ainda ontem pela imprensa internacional, as duas empresas estarão perto de um acordo que criaria a maior empresa do mundo no setor dos pesticidas e sementes de cultivo.
Depois de surgir a confirmação da Monsanto, a própria Bayer surgiu em público para confirmar as negociações; ambas as empresas garantem que a proposta apresentada não é vinculativa, mas não divulgam valores.
"Representantes da Bayer reuniram-se recentemente com membros da gerência da companhia Monsanto para falar, confidencialmente, sobre uma aquisição de comum acordo", assinala o grupo alemão no seu comunicado.
O documento recorda que a tal fusão "reforçaria a Bayer como empresa global de inovação em ciências da vida, com posições de liderança nas suas atividades principais, além de criar uma condição de cultivo integrado".
A empresa germânica assinala ainda que o seu comunicado responde à declaração difundida pela Monsanto e que, caso seja necessário, publicará informação adicional.
A multinacional Monsanto tem estado relacionada, nos últimos tempos, com noticias muito controversas, dado que vários países europeus estão contra a utilização do glifosato, substância muito utilizada nos pesticidas, designadamente do Round Up, do grupo Monsanto, e que, segundo alguns especialistas, é suspeita de ser cancerígena.
Em abril, o Parlamento Europeu defendeu a renovação da autorização para comercializar glifosato por somente sete anos, contra os 15 anos inicialmente previstos.
Várias organizações, nomeadamente ambientalistas e, em Portugal, partidos como o ecologista Os Verdes ou o Partido Pessoas Animais Natureza (PAN), além do BE, têm pedido a proibição da venda de pesticidas com glifosato.
Uma petição a decorrer em Portugal contra o uso de glifosato tem já mais de 15 mil assinaturas.