"Se tivesse sido possível vender o banco, isso teria sido o ideal. Eu recebi pessoalmente todos os que mostraram interesse no Banif. E trabalhámos sempre na tentativa de encontrar um comprador", afirmou a antiga governante durante a sua audição na comissão parlamentar de inquérito do Banif.
"As abordagens foram: sim, temos interesse. Mas um interesse que nunca foi suficientemente firme para justificar a abertura de um processo público de venda", realçou.
E lançou: "Por um banco à venda e não aparecer comprador nenhum é uma sentença de morte, é pior do que não abrir o processo".
Maria Luís reforçou que, no seu entender, "não havia condições para abrir um processo de venda antes" e que "o que foi sendo feito foi melhorar substancialmente a situação do Banif".
Perante as críticas dos partidos de esquerda sobre a inação do governo de Passos Coelho para resolver atempadamente esta situação, Maria Luís Albuquerque jogou ao ataque.
"Não é empurrar com a barriga, é uma gestão de tempo, e o tempo jogava a nosso favor porque o banco estava a melhorar", afirmou, considerando que "o resultado final foi muito gravoso".
Face à insistência dos deputados sobre a sua opinião acerca do desfecho deste caso, Maria Luís considerou que quem tem que tirar conclusões é a comissão de inquérito.