As escolas de aeronáutica da China não têm mãos a medir. Todos os anos, algumas centenas de pessoas qualificadas concluem os cursos de formação e entram quase de imediato no mercado de trabalho, com ordenados chorudos e muitos benefícios.
No entanto, nem a nação mais populosa do mundo consegue formar pilotos suficientes para satisfazer a procura nacional de viagens, criando um problema estrutural. Segundo vários anaistas, a China precisará de quatro a cinco mil novos pilotos aéreos todos os anos até 2036, um número astronómico tendo em conta o período de formação necessário e a dificuldade de acumular a experiência necessária.
Para compensar a falta de pessoas qualificadas, as transportadoras chinesas estão a lançar ofertas incríveis aos pilotos estrangeiros, que chegam aos 280 mil euros de salário anual sem qualquer pagamento de impostos.
A CNN conseguiu falar com pilotos norte-americanos, mexicanos e europeus que largaram empregos de longa data a voar 80 a 100 horas por mês para fazer uma média de 50 horas de voo, com ordenados três ou até quatro vezes mais altos.
Os experientes pilotos ocidentais são muito pretendidos nas empresas chinesas e a Chengdu Airlines surge no topo da lista: a transportadora oferece salários mensais de 24 mil euros e um bónus de 33.500 euros para os trabalhadores que completem três anos de contrato.