"Todas as autorizações que o Caixabank necessitava estão preenchidas, agora é uma questão de execução", disse Fernando Ulrich em conferência de imprensa, após a assembleia-geral de hoje no Porto em que os acionistas do BPI aprovaram a venda de 2% do Banco de Fomento de Angola à operadora angolana Unitel, por 28 milhões de euros.
Esta operação faz com que o BPI perca o controlo do BFA (ficando com 48,1% e a Unitel com 51,9%) e que, por isso, não tenha de o consolidar nas suas contas, cumprindo, assim, as exigências do Banco Central Europeu (BCE) de reduzir a exposição em Angola.
No BPI está em curso uma Oferta Pública de Aquisição (OPA) lançada pelo seu principal acionista, o espanhol Caixabank, que detém 45,50% do capital, oferecendo 1,134 euros por ação. Este tinha colocado como condições para avançar com a operação a 'luz verde' de uma série de entidades ao negócio, nomeadamente de BCE e Banco Nacional de Angola.
Com todas as autorizações em mão, a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) deverá registar nos próximos dias a oferta do Caixabank sobre todo o capital do BPI.
Fernando Ulrich não quis falar dos próximos passos da OPA e sobre quando poderá o processo estar concluído e disse apenas esperar que "seja rápido".