Marcelo Rebelo de Sousa recebe ainda na segunda-feira a central sindical UGT, que também subscreveu o acordo alcançado entre o Governo e os parceiros sociais em 22 de dezembro e assinado na terça-feira, adiantou à agência Lusa fonte da Presidente da República.
A presidência da República divulgou hoje que Marcelo Rebelo de Sousa recebe em audiência conjunta, na sexta-feira, às 16:30, a Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP), a Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP), a Confederação Empresarial de Portugal (CIP) e a Confederação do Turismo Português (CTP).
A redução da TSU dos empregadores em 1,25 pontos percentuais pode ser travada pela Assembleia da República a 25 de janeiro, quando serão debatidas as apreciações parlamentares de BE e PCP para evitar a sua entrada em vigor, em fevereiro.
O PSD também já anunciou que vai votar ao lado do PCP e do BE.
A redução da TSU dos empregadores em 1,25 pontos percentuais foi aprovada em sede de concertação social entre o Governo e os parceiros sociais -- à exceção da CGTP -- a par do aumento do Salário Mínimo Nacional de 530 para 557 euros, que já está em vigor desde 01 de janeiro.
No final do ano passado, quando se discutia a proposta do Governo de um novo aumento do salário mínimo, contestado pelas confederações patronais, o Predsente da República incentivou um acordo com os parceiros sociais. Marcelo Rebelo de Sousa defendeu que os governos não devem "decidir unilateralmente" sobre matérias estratégicas que podem ser objeto de acordo.
No dia 14 de novembro chamou mesmo os parceiros sociais ao Palácio de Belém para avaliar a possibilidade de acordos de médio prazo.
Na sequência dessas audiencias, o chefe de Estado insistiu que esgotassem até ao fim "os caminhos do diálogo social" e prometeu
apoiar a concertação social "até ao limite" dos seus poderes.
Governo e parceiros sociais acabaram por chegar a acordo, em 22 de dezembro, mas logo nesse dia, em debate quinzenal no parlamento, o Partido Ecologista "Os Verdes" (PEV) contestou a descida da TSU, e no dia seguinte PCP e Bloco de Esquerda juntaram-se a essa contestação.