Na conferência de imprensa de apresentação da análise anual da Comissão Europeia à situação económica e social em cada Estado-membro, Thyssen, questionada sobre a evolução do salário mínimo em Portugal, observou que "o último aumento" -- em 01 de janeiro passado, de 530 para 557 euros -- "ainda não está totalmente refletido nestes relatórios", mas à partida é visto como positivo por Bruxelas.
"O que podemos ver e esperar é que (o aumento do salário mínimo) ajudará a enfrentar a pobreza entre trabalhadores, que ainda é elevada em Portugal, pelo que é uma evolução positiva, que vamos monitorizar", declarou.
Na sua análise hoje publicada, a Comissão Europeia considera que, no domínio do mercado de trabalho, "houve progressos limitados" quanto à recomendação de manter a evolução do salário mínimo "em níveis que promovam o emprego e a competitividade", mas sublinha que "até agora" os riscos que se colocam ao emprego "ainda não se materializaram".
No programa de Governo, está previsto que o salário mínimo em Portugal chegue, de forma faseada, aos 600 euros mensais durante a presente legislatura.