Os sistemas de transferências e de pagamentos eletrónicos ganharam uma dimensão internacional que permite aos turistas viajar, nos dias de hoje, sem grandes preocupações sobre o funcionamento dos cartões ou a respetiva utilização na maior parte dos países.
Ainda assim, as taxas e restantes custos associados à utilização dos cartões de crédito ainda levantam muitas dúvidas e comprometem algumas decisões de consumo. Para tentar ajudar a desmistificar alguns pormenores e perceber qual é a melhor maneira de usar o seu cartão de crédito durante as férias, o Economia ao Minuto pediu ajuda ao ComparaJá e as conclusões parecem apontar com alguma clareza para comportamentos que deve ter.
Em relação à possibilidade de levantar dinheiro a crédito para poder ter a carteira cheia, é aconselhável que levante grandes quantidades de dinheiro e faça o menor número de levantamentos possível. Porquê?
"Independentemente do valor que se levanta, existe sempre uma comissão fixa, variando apenas as restantes taxas consoante o montante pretendido. O consumidor terá de suportar, então, uma comissão de processamento internacional, uma comissão de levantamento a crédito, uma taxa de conversão e uma comissão de serviço interbancário. Por fim, a cada um destes valores soma-se o Imposto de Selo, atualmente de 4%", explica a plataforma de comparação de produtos financeiros.
A diferença entre levantar dinheiro na União Europeia ou fora não é particularmente significativa, mas em todos os países os portugueses devem preparar-se para pagar várias taxas. Olhando para a banca nacional, o Crédito Agrícola e o Novo Banco assumem-se como os bancos mais baratos para quem quer levantar dinheiro dentro da UE, e o mesmo Crédito Agrícola é também o mais barato para quem levanta dinheiro com o cartão de crédito fora da UE, seguido do BPI.
Em média, por cada levantamento de 100 euros terá de pagar entre 7,25 euros e 15,25 euros de comissões extra, e como tal, deve tentar fazer levantamentos de grandes valores e em menor quantidade. "Ao invés de se levantar dinheiro com recurso ao cash advance, é sempre possível - e aconselhável - optar por fazer o pagamento dos produtos e serviços diretamente com o cartão de crédito. As taxas por tal transação, fora de Portugal, são tão ou mais competitivas do que com a mesma transação com um cartão de débito", explica o ComparaJá.
Ainda assim, é aconselhável que leve o cartão de crédito para a viagem, para salvaguardar imprevistos e para usufruir de vantagens dadas pelos bancos quando paga as férias com estes cartões.
Antes de ir de férias, lembre-se de ver todas as condições do seu cartão de crédito e aproveite as vantagens que podem incluir assistência médica gratuita, seguro de acidentes pessoais, seguro de perda de bagagem, seguro de perda de voo e até seguro contra perda ou extravio de cartão no estrangeiro.