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UGT "rejeita em absoluto" execução orçamental "à custa de rendimentos e pensões"

O secretário-geral da UGT, Carlos Silva, disse hoje que a central sindical "rejeita em absoluto" os dados da execução orçamental hoje revelados, conseguidos "à custa dos rendimentos do trabalho, das pensões e das reformas".

UGT "rejeita em absoluto" execução orçamental "à custa de rendimentos e pensões"
Notícias ao Minuto

17:42 - 25/06/13 por Lusa

Economia OE2013

"Se é por via dos salários, devo dizer que é uma execução que rejeitamos em absoluto", considerou Carlos Silva no final da reunião de hoje do Conselho Económico e Social (CES).

O responsável da UGT comentava os números da execução orçamental hoje revelados pela Direção-Geral do Orçamento (DGO), que aponta que o défice das administrações públicas melhorou 865 milhões de euros em maio, de acordo com a contabilidade da 'troika' (Fundo Monetário Internacional, Comissão Europeia e Banco Central Europeu), devido ao aumento dos impostos diretos, IRS e IRC, em 21,8%.

De acordo com a síntese de execução orçamental divulgada hoje pela DGO, o défice para efeitos de programa caiu para os 1.536,3 milhões de euros em maio, contra 2.401 milhões de euros que se verificavam no final de abril.

"Em maio registou-se um excedente de 865 milhões de euros no saldo das Administrações Públicas de acordo com o critério do Programa de Ajustamento Económico e Financeiro (PAEF). Para este excedente, contribuíram todos os subsetores com exceção da Administração Regional, que observou um défice de 88 milhões de euros. Assim, o saldo provisório das administrações públicas até maio, relevante para efeitos de aferição do cumprimento do PAEF, teve uma melhoria significativa, situando-se, no final de maio, em -1.536,3 milhões de euros" , diz a DGO.

A explicação está no comportamento da receita fiscal, com os impostos diretos a subirem 21,8%, e das contribuições para sistemas de proteção social em 4,7% e ainda pela receita de dividendos do Banco de Portugal.

Desagregando a subida verificada nos impostos verifica-se que a receita de IRS registou uma subida de 30,6% em maio, face ao mesmo mês do ano passado, enquanto o IRC subiu 8,2%.

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