O banco deu ainda conta de que está em curso, pelo angolano BNI, um processo da venda da maioria do seu capital a um investidor, mas não indica de quem se trata e o valor envolvido no negócio.
"Consequência da estratégia de negócio arrojada e do crescimento alcançado, o Banco BNI Europa despertou o interesse de variados investidores de capital, tendo o Banco de Negócios Internacional, S.A., seu acionista de referência, assinado um contrato com um investidor estrangeiro para venda da maioria do capital detido no Banco BNI Europa", refere o comunicado de imprensa, acrescentando que a operação se encontra "sujeita à verificação de um conjunto de condições habituais neste tipo de transação", desde logo do Banco de Portugal.
O Jornal de Negócios já tinha noticiado, esta semana, a venda de capital do BNI Europa e consequente futura perda de controlo do banco pelo angolano BNI.
Ainda quanto aos resultados do BNI Europa em 2017, a informação divulgada indica que o produto bancário quase quintuplicou, passando para 13,184 milhões de euros, enquanto os ativos cresceram 41% para 509,474 milhões de euros.
Já os depósitos aumentaram 16% para 305,148 milhões de euros, referindo o BNI Europa que foi em 2017 "um dos bancos que melhor remunerou os depósitos".
O banco de capitais angolanos indicou ainda que os fundos próprios fecharam 2017 reforçados, em 23,303 milhões de euros, e que o rácio de solvabilidade ficou "confortavelmente acima dos limites regulamentares, ou seja, em 13%".
Para 2018, diz o banco que irá apostar em serviços inovadores, sobretudo em parcerias com 'fintech' (empresas tecnológicas de serviços financeiros).
O BNI Europa é presidido Pedro Pinto Coelho.
O angolano Banco de Negócios Internacional é liderado por Mário Palhares, antigo vice-governador do Banco Nacional de Angola.