Miguel Milhão, fundador da Prozis, tornou-se o assunto do momento depois de usar as redes sociais para manifestar-se a favor da anulação da proteção do direito ao aborto nos EUA.
"Parece que os bebés por nascer recuperaram os seus direitos nos EUA! A natureza está a recuperar!", escreveu no Linkedin.
A opinião do empresário gerou uma onda de críticas e levou, até, várias figuras públicas e criadores de conteúdo digital a decidirem terminar as suas parcerias profissionais com a marca.
Depois de Marta Melro e Diana Monteiro, seguiu-se Jessica Athayde. A atriz partilhou no Instagram um anúncio no qual se posiciona sobre o tema.
"Acaba hoje a minha colaboração com a Prozis. E continua hoje e sempre o meu posicionamento público ao lado das mulheres, dos seus direitos e da sua saúde. E todas as vozes vão ser necessárias neste momento tão grave em que o mundo regride à frente dos nossos olhos. Posicionem-se e usem a vossa voz. Beijinhos, Jess", afirmou.
Bruno Nogueira não ficou indiferente à polémica e comentou a mais recente partilha de Miguel Milhão. O fundador da Prozis publicou no Instagram um meme e declarou: "Uma multidão que quer silenciar a minha opinião? Estou-me a cag*r".
"O fundador da Prozis confunde reações com silenciamento. Vamos explicar a diferença: ‘silenciar’ é uma mulher querer abortar e ter de ficar caladinha. ‘Reagir’ é uma mulher querer abortar e ter de procurar uma clínica clandestina porque o seu direito foi silenciado", apontou o ator e humorista português.
© Reprodução Instagram/ Bruno Nogueira
Miguel Milhão comentou a polémica em declarações ao Notícias ao Minuto, onde se defendeu das críticas e reforçou a ideia de que os "comentário negativos" têm o objetivo de "silenciar" a sua opinião. Veja aqui as declarações completas.
Ainda no âmbito das colaboração de influencers e figuras públicas com a Prozis, importa realçar que nem todos tomaram a mesma posição. Joana Albuquerque, por exemplo, decidiu manter a ligação profissional com a marca.
A declaração inicial de Miguel Milhão, que revelou a sua posição contra o aborto, surgiu depois de o Supremo Tribunal ter aprovado a anulação da proteção do direito ao aborto nos EUA. A decisão não torna ilegais as interrupções da gravidez, mas devolve a cada Estado a liberdade para autorizar ou para proibir o procedimento.
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