Juliana Vieira entrou no último domingo, 2 de outubro, no 'Big Brother', mas a sua estadia na casa mais vigiada do país não durou mais do que quatro dias. Na quinta-feira, dia 6, foi a escolhida entre o leque de novos participantes para abandonar o jogo.
Em declarações à imprensa, nas primeiras horas fora do reality show, Juliana recordou o que a levou a inscrever-se nesta aventura.
"Inscrevi-me porque sempre quis perceber como reagiria fechada numa casa com pessoas com feitios super diferentes do meu. Foi para me desafiar", disse.
Juliana "entrou a matar" no 'Big Brother'
Com a perfeita noção de que "entrou a matar", a jovem licenciada em Arte e Design negou ter sido a produção a pedir que os novos concorrentes batessem de frente com o grupo e deu conta de que tudo o que disse era simplesmente a sua opinião.
"Foi pedido para darmos a opinião sobre cada concorrentes, eles depois pegaram na pior que eu fale e meteram na VT", notou.
"Não me identifiquei com o tipo do programa"
Juliana sonhava entrar num reality show, mas nunca pensou que ao chegar lá iria sentir-se 'peixe fora de água'. A jovem, de 25 anos, contou não se ter identificado com o jogo.
"Não me identifiquei com o tipo do programa, porque lá temos de dar opiniões sobre cada concorrente - opinião positiva e negativa - e quando não tenho opinião negativa para dar sobre uma pessoa não quero dar, mas ali temos de o fazer. Não concordei, sentia-me mal sempre que tinha de o fazer. Não estava a ser eu ali", confessou, revelando que as dinâmicas que exigem as opiniões de que fala ocorrem "constantemente ao longo do dia".
"Temos jogos durante o dia em que fazemos isto 10 vezes, se for preciso, é mesmo para picar e dar discussão", frisou ainda.
Preconceito ditou a expulsão?
Questionada sobre os motivos que levaram a que fosse a concorrente escolhida para abandonar o jogo, Juliana referiu: "Acho que foi 50/50, por causa da situação com a Mafalda, que é uma jogadora forte cá fora, e por causa do que eu faço".
"Nas redes sociais recebi muitos comentários positivos, só que as redes sociais são mais utilizadas por jovens, enquanto o programa televisivo é direcionado para todo o tipo de idades", disse, referindo-se ao facto de vender conteúdos sexy, tais como fotografias ousadas em plataformas online.
Os detalhes sobre a profissão que motivou "preconceito"
Juliana começou por fazer sessões fotográficas ousadas, incluindo nu artístico. Satisfeita com os resultados, partilhou as fotografias nas redes sociais... e daí até chegarem as primeiras propostas para vender as imagens foi um 'pulinho'.
"[...] publicava nas minhas redes sociais essas fotografias censuradas e tive muitas pessoas, fotógrafos e modelos, interessados em comprar esse conteúdo sem censura, e foi assim. Experimentei e teve imensa aderência, tive imensa gente a subscrever e foi até hoje", contou, referindo-se aos primeiros passos na plataforma OnlyFans - na qual é vendido conteúdo para adultos.
A ex-concorrente do 'Big Brother' garantiu que não vende conteúdos pornográficos e realçou o facto de "cada pessoa dar uso ao site da forma que quer".
"Há conteúdos pornográficos, mas não é o meu caso. Nem sequer nu integral. Nem sequer me dispo toda porque não gosto", garantiu.
"Disseram à minha mãe que eu era acompanhante de luxo"
A primeira pessoa a quem contou que decidiu vender fotografias suas em poses ousadas e lingerie foi a tia, de quem recebeu todo o apoio e um alerta importante. Juliana deveria ter atenção às propostas que passaria a receber e nunca aceitar nenhuma.
"É muito fácil aceitarmos uma proposta e com isso estamos a deixar de ser nós e a entrar em ramos que não fazem sentido, pelo menos para mim. Claro que há raparigas que adoram receber este tipo de propostas e vão, mas eu não me vejo a aceitar este tipo de propostas", atestou, assegurando que cumpriu sempre a promessa que fez à tia.
"Só que a minha família ficou com medo por isso. Oferecem-me cinco mil euros para ir jantar, eu não vou aceitar por dinheiro nenhum", reforçou.
Apesar de ter contado à tia, Juliana decidiu esconder este trabalho dos restantes elementos da família... Algo que rapidamente se tornou uma missão impossível.
"Achava que ia conseguir esconder isto de toda a gente, só que foi impossível. O dinheiro começou a aparecer, apareci com um carro novo e não era normal porque não trabalhava. As pessoas começaram a desconfiar", recordou.
A mãe acabou por saber o que estava a fazer 'pela boca de outros', motivando o seu maior e único arrependimento no que respeita a este tema.
"O que mais me arrependo é de não ter contado à minha mãe diretamente. Ela descobriu por outras pessoas e quando se sabe por outros vem sempre acrescentado, e foi o caso, disseram à minha mãe que eu era acompanhante de luxo. Coisa que não me vejo sequer a fazer. Senti que devia ter contado logo. Não menti, mas ocultei", explicou.
Atualmente, a mãe da jovem criadora de conteúdo sabe tudo sobre a sua vida e está tranquila em relação à profissão. Porém, o mesmo não acontece com o pai.
"Já não tinha uma boa relação com o meu pai desde que os meus pais se divorciaram e o facto de começar a fazer isto foi o ponto final mesmo", referiu.
"Já recebi propostas no OnlyFans de jogadores de futebol conhecidos. Fiquei parva"
Ainda que nunca tenha decidido aceitar nenhuma, a verdade é que propostas milionárias não faltam a Juliana Vieira na plataforma OnlyFans. Questionada sobre quais as que mais lhe ficaram na memória, a jovem reagiu:
"Já recebi propostas no OnlyFans de jogadores de futebol conhecidos. Fiquei parva. Jogadores que eu adorava e perderam logo ali a essência toda".
Quanto à possibilidade de aceitar uma destas propostas, Juliana reforçou: "Nunca me senti tentada e também nunca o faria porque não tenho namorado e estou numa fase em que não me apetece ter sequer contacto com essas coisas".
Aliás, Jully, como é conhecida nas redes sociais, assegurou que a venda de conteúdos ousados "é temporária". "Não é uma coisa que quero fazer para sempre, é temporária, mas dá dinheiro", afiançou, apesar de no momento vive em exclusivo deste trabalho.
Fora do 'Big Brother', e aproveitando a visibilidade que conseguiu, Juliana espera conseguir lançar um projeto há muito guardado na gaveta. A par da produção de conteúdo na plataforma OnlyFans, que irá "manter mais uns tempos", a jovem quer encontrar os parceiros necessários para produzir uma marca de roupa.
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