Foi logo pela manhã desta quinta-feira, dia 30 de novembro, que Nuno Markl falou sobre as novas medidas do Instagram, comentando que "está cada vez a limitar mais o alcance dos seus seguidores". "Isso é um facto incontestável", afirmou.
"Sinto que eventualmente o irá limitar a um ponto em que cada ser humano estará a fazer posts apenas para si próprio - o que, se calhar, não é mau; mas para isso já existem há muitos anos os diários", comentou, dando de seguida um exemplo.
"A coisa está a ficar anedótica: eu sabia que um post sobre cinema - e meu Deus, como o Instagram, cada vez mais, odeia artes, cultura e tudo o que soe levemente 'intelectual'! - iria ter um alcance miserável. Mas esta minha intro à sessão de ontem de After Hours no Turim bateu todos os recordes ao manter-se firme durante bastante tempo no like solitário e num alcance de extravagantes 20 e poucos seguidores (agora já vai com loucos 8 likes, num Instagram com 860 mil seguidores)", contou.
"Sinto, por isso, que devo prestar homenagem à Ana Bento de Oliveira: foi a primeira e única pessoa, durante bastante tempo, a ter um like nesse post. Obrigado, Ana! A culpa da ausência de likes não é vossa - ninguém pode dar likes a coisas que não vê, uma vez que os algoritmos do Instagram sepultam tudo o que não pareça um reality show, animais fofos ou comida - mas sim da maneira progressivamente mais e mais triste como o Instagram nos faz reféns do seu monopólio, cada vez nos dando menos em troca", destacou.
"Sei que há muita gente a esconder o número de likes dos posts por embaraço, mas não há que ter vergonha de algo que não é responsabilidade nossa, mas de um absurdo jogo viciado que, penso, só terá tendência para piorar", escreveu, por fim.
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