"Estou maravilhada. Acho que nunca tive um elenco tão bom"

Patrícia Müller é a autora da nova novela da TVI, 'A Protegida', que estreia na segunda-feira, dia 17 de fevereiro.

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Notícias ao Minuto
15/02/2025 09:41 ‧ há 8 horas por Notícias ao Minuto

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Patrícia Müller

a história de uma família - uma mãe, uma filha e uma neta - que tem os seus problemas. Os problemas são um bocadinho diferentes dos nossos porque, senão, não era uma novela. Mas é a história de uma família, não é uma história de procura de dinheiro, não é uma história de vingança horrível, de ódio…"

 

Patrícia Müller escritora responsável pela nova trama da TVI, 'A Protegida', que vai chegar ao canal na próxima segunda-feira, dia 17 de fevereiro, falou com os jornalistas no lançamento da novela, na quinta-feira, dia 13 de fevereiro, em Lisboa. 

Além de ter falado sobre esta nova história, confessou que já "não estava habituada a escrever cinco episódios por semana". E, diz, Gabriela Sobral foi um apoio fundamental. "Se não fosse ela, nem sei. Está a ser muito difícil. Escrevia cinco episódios em seis meses".

Cerca de dez anos depois de se ter dedicado a um formato diferente, as séries, a guionista regressa agora às novelas com esta nova trama, contando com uma "equipa de quatro pessoas" e um elenco de 20 atores - entre eles Matilde Reymão, Fernanda Serrano, Alexandra Lencastre, Maria do Céu Guerra, Pedro Sousa, Paulo Pires ou Diogo Morgado. 

Falando diretamente sobre trabalhar com os grandes nomes da representação que compõe o elenco, após ser questionada, Patrícia Müller confessou-se "maravilhada". "Acho que nunca tive um elenco tão bom. Tenho 20 pessoas, é muito difícil trabalhar só com 20 pessoas. Uma coisa é fazer 8 ou 10 episódios, outra coisa é fazer 'sem conta'", frisou. 

"Eu digo que isto é uma telessérie porque tenho um elenco pequeníssimo e a obrigatoriedade de dinamismo... que eu também me autoimpus, atenção", comentou, reconhecendo também que o mercado das novelas, a forma como a história é contada, tem vindo a mudar e é cada vez mais desafiante conseguir 'agarrar' o público. "Temos de adaptar um bocadinho a telenovela ao formato série. E não adianta dizer que só os velhotes é que vêem, isso é mentira." Além disso, destacou que o género "melodrama funciona"

Questionada se esta nova realidade das novelas pode, de certa forma, prejudicar a liberdade de escrita, partilhou: "Pelo contrário, as novelas têm orçamentos maiores para todos os efeitos. A tua liberdade é maior. E depois como tens de fazer tudo, eles deixam-te fazer tudo. Tens 300 episódios para escrever, portanto, escreve. [No que diz respeito à] personagem, eles podem ir para todo o lado. É mais fácil. Nas séries eles estão mais constrangidos pela história e por eles próprios."

Patrícia Müller acabou por 'falar' ainda da série 'O Arquiteto', 'inspirada' no polémico caso do arquiteto Tomás Taveira, que tinha encontros sexuais com mulheres, algumas suas alunas, e filmava-as, alegadamente, sem consentimento. 

"Isto é uma coisa digna, é a única coisa que quero dizer. Isto não envergonha ninguém", afirmou a escritora, acrescentado que "isto é ficção". "Só escrevo sobre mulheres, jamais ia fazer uma série a glorificar um homem que faz o que ele fez", realçou depois. "Esta série olha de frente para uma m****** que existiu, e que continua a existir", alertou. 

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Sinopse de 'A Protegida':

"No coração do interior alentejano, Mariana e José Diogo são duas crianças cujos contextos não podiam ser mais diferentes: ela é fruto de uma relação carinhosa; ele, órfão. Ela tem na família, um porto seguro para onde correr quando se magoa; ele só pode correr para ela. Cruzam-se por um inevitável querer do destino: ele está constantemente a fugir do orfanato que faz fronteira com  o  palacete  da  avó  dela.  Por  muito  que  as  regras  os  tentem separar, as  duas  crianças orbitam  uma  em  torno  da  outra  com  uma  força que  ninguém  consegue  explicar  ou  parar. Complementam-se.  José  Diogo nunca  conheceu  um  amor  como  aquele,  tão  incondicional. Mariana fá-lo rir, é carinhosa com ele, parecem falar uma língua só deles e, muitas vezes, têm a certeza de conseguir adivinhar os pensamentos do outro.

Seja qual for a matéria de que são feitas as almas, as de Mariana e José Diogo são a mesma. Os dias que passam juntos voam, as horas separados arrastam-se. Os dois correm pelos campos de oliveiras de Vale do Rio, assustam-se no Forte da Graça em Elvas e imaginam o passado no Castelo. A terra que se dá a quem a ama é palco de um amor infantil, secreto e que marcará a vida de ambos para sempre. Benedita, a avó e matriarca da família de Mariana, é a primeira a perceber a conexão entre os dois. Envolve-os em carinho e em comida. À volta de Mariana e José Diogo há um constante cheiro a amor e receitas que têm como único objetivo colorir os dias das crianças, que se entorpecem num afeto com sabor à tradição alentejana.

A força da ligação dos dois parece tão inevitável a Benedita que ela sugere adotá-lo, dando-lhe a família que ele merece. Laura e Carlos, os pais de Mariana, não se opõem. A vida parece finalmente disposta a sorrir a José Diogo, que encontrou o seu lugar no mundo. A felicidade entorpecedora não deixa antever a tempestade que se adivinha e, numa tirada cruel do destino, José  Diogo  é  afastado  não  só  da  ideia  de  família,  como  da  amada Mariana.  Separa-os  um acidente horrível e as mágoas de uma mentira ferem-nos para sempre. Os dois são perseverantemente afastados pela impiedade adulta, mas nunca se esquecem. José Diogo é adotado por outra família,  mas  não  se  desfaz  da  rapariguinha  loira  que  amou. Ele envia-lhe cartas. Mariana nunca as recebe. Ambos acabam a sentir-se rejeitados e traídos por um amor que nunca parou de viver. Sentem-se perdidos longe um do outro, como se vivessem a dor fantasma de ter perdido uma parte vital de si mesmos. Crescem com a assombração de um primeiro amor puro e bom que lhes parece inigualável. Não há, nem vai haver nunca, nada tão perfeito como aquilo que sentiram um pelo outro. Mariana torna-se uma jovem mulher determinada, e a ligação que tem com a mãe e a avó estreita-se ainda mais depois da morte do pai. Ela, Laura e Benedita são uma tríade fortíssima durante anos, até ao momento em que Laura assume o namoro com Jorge, trabalhador  da fábrica desde sempre. Mariana não gosta de Jorge, acha-o um oportunista, e isso causa atritos com Laura. Ela é obrigada a ver como a mãe desaparece sob os intentos de Jorge.

O seu coração fechou-se ao amor quando José Diogo desapareceu, mas é com o relacionamento que vê a mãe viver que jura nunca amar um homem daquela  forma. Para evitar os conflitos constantes com o padrasto, decide ir estudar cozinha para França. Longe do conforto que sempre conheceu, transforma-se numa cozinheira talentosa, ambiciosa e perspicaz, mas, acima de tudo, capaz de pôr em tudo o que prepara a quantidade certa de amor. Por detrás de cada prato, cada prova e cada cozinha por onde passa, escondem-se as memórias do passado: as tardes na cozinha com José Diogo e Benedita. Quando volta a casa, pensando que para um período de paz, é confrontada com um antagonista mais poderoso do que antes: o padrasto consegue intrometer-se entre mãe e filha, fazendo com que Mariana se afaste permanentemente. A quebra aparentemente definitiva entre elas causa um desequilíbrio  de  forças  na  tríade  das mulheres Vilalobos, e, embora Laura não perceba a dimensão do conflito de Mariana, nunca desiste de a tentar encontrar. Mariana refugia-se nos tesouros do Douro, onde acaba por abrir um restaurante onde só emprega mulheres vítimas de relacionamentos abusivos. Quer dar-lhes o abrigo que a mãe nunca aceitou. Vê nas mulheres o motor do mundo. São elas que fazem o mundo girar, que criam e educam, que alimentam, amam e dão colo. A própria força e resiliência da avó e da mãe deixaram-lhe uma marca tão  profunda  que  Mariana  orienta  toda  a  sua existência  por  um  equilíbrio  quase  perfeito  de bondade, candura e justiça.

A luz que emana é tão forte que atrai o mais cínico dos Homens. Quando Mariana se vê obrigada a voltar à terra que a viu nascer, acha ela que munida de mundo para  não  deixar  que  as  memórias  a  controlem,  o  destino troca-lhe  as  voltas:   cruza-se novamente com José Diogo. Os sentimentos do passado atingem-nos ainda com mais força. É impossível perceber onde começa um e termina o outro. O querer da vida toda e para a vida toda é tão avassalador que os anos separados se desfazem sob o olhar um do outro. Nunca pararam de pertencer um ao outro. Por muito que resistam ou tentem racionalizar o que sentem, parecem não ter força para contrariar o óbvio: se há no universo um objetivo, é juntá-los. O amor deles vai não só mudar-lhes a vida, como orientar a existência de todos os que os rodeiam. A vida deles muda, mas a essência permanece a mesma, e quando Mariana ficar em perigo, José Diogo torna-se o protetor da sua protegida. Observa cada movimento, cada sorriso, cada respiração e está disposto a tudo para a manter viva, nem que para isso tenha de se colocar em risco, porque a verdade é que o coração dele lhe bate fora do peito. Bate dentro dela."

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