Primeiro encontro, entrevista de emprego, espera por uma conversa decisiva... em comum a estes cenários estão as suas agitadas – e independentes – mãos. A par destes casos, há muitos outros em que as mãos do ser humano treme com frequência, e em muitas delas nem damos conta.
Já noutras, não só reparamos como nos questionamos do porquê deste movimento involuntário. Ao saber o motivo, abrimos mais uma porta informativa sobre o nosso próprio organismo.
Explica Andrew S. Feigin, membro de um instituto de apoio a doentes com Parkinson, que “um tremor dá-se quando os músculos contraem ritmicamente e de forma não intencional”. Este é um estímulo que acontece com maior frequência nas mãos, mas pode ocorrer também nos braços, cabeça, pernas ou cordas vocais. Em suma, todo o corpo treme, ainda que num nível a que normalmente não damos conta – é uma condição física para nos mantermos vivos.
Voltemos ao caso específico das mãos: Estar com falta de sono pode levar o corpo a tremer de forma mais visível e, é claro, involuntária. Significa que o organismo não está em equilíbrio, nomeadamente, carece de descanso. E se acha que uma boa dose de café vai ajudar, desengane-se: ainda que a cafeína o ajude a superar o longo dia, o tremer de mãos não só vai continuar, como possivelmente vai piorar.
Neste caso, ou no de nicotina em excesso, os tremores são como ‘calmantes’ naturais que tentam desacelerar o corpo que se encontra agitado pelas substâncias consumidas.
Em alguns casos (não poucos), os medicamentos podem ter o mesmo efeito: é o sistema nervoso a sentir-se afetado, uma vez mais, pelos químicos externos ao corpo.
Já a nível psicológico, a ansiedade é por vezes o ponto de partida para os tremores nas mãos – retomemos o exemplo dos três cenários propícios a algum nervosismo, que se referiu no início deste artigo.
Também problemas mentais, como depressão, podem ter como efeito físico as mãos trementes ou, em casos mais raros, algum problema relacionado com a doença de Parkinson que se carateriza em primeiro lugar por tremores involuntários a um nível muito mais intenso e grave do que os habituais aqui referidos e que qualquer humano já sentiu em determinada situação.