Um novo estudo publicado no periódico científico Emerging Infectious Diseases, alerta os donos de cães para que lidem com os seus animais com precaução, devido à incidência do vírus de brucelose canina.
O aviso dá-se após a comunidade veterinária ter descoberto uma nova estirpe da bactéria, que para além de infetar os cães pode também alastrar para os seres humanos contaminando-os. Apesar, dessa bactéria ser mais frequentemente transmitida a partir de gado, uma nova pesquisa norte-americana apurou que os cães não castrados podem igualmente contaminar os humanos.
Mais ainda, os especialistas alertam que mesmo que o seu cão esteja infetado, essa infeção pode não ser imediatamente detetada.
De acordo com a Associação Norte-Americana Nacional e Estatal de Saúde Pública Veterinária, o vírus é transmitido de cão para cão através do contacto com as mucosas.
Corrimentos vaginais, sémen e fluídos e tecidos associados ao nascimento e aborto contém as concentrações mais elevadas da bactéria, mas a urina, o sangue, leite, saliva e fezes também contém vestígios.
Os sintomas podem incluir: infertilidade, abortos espontâneos e o parto de nados-mortos.
Já os cães machos adultos, podem desenvolver atrofia testicular. E em alguns casos, o vírus pode afetar os rins, o cérebro e a espinha.
Felizmente os sintomas nos seres humanos não são tão severos. Assim que a bactéria é transmitida do cão para o individuo, este pode experienciar febre, fadiga, dores de cabeça e dores musculares.
Todavia, a brucelose pode afetar nocivamente mulheres grávidas, crianças, os cidadãos mais seniores, ou aqueles que por algum motivo já tem o seu sistema imunitário enfraquecido e comprometido.
Apesar de ainda ser fundamental a realização de mais pesquisas, os especialistas recomendam que permaneça alerta e ciente de todos os riscos, e atento ao surgimento de quaisquer possíveis sintomas. E aconselham a castração do animal, caso não pretenda fazer criação.