Entenda o que a poluição e a comida de plástico fazem ao seu esperma

A poluição e a ‘fast food’ estão a colocar o futuro da raça humana em risco sendo em parte responsáveis por destruírem o esperma humano, sugerem duas novas pesquisas.

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Liliana Lopes Monteiro
10/10/2018 08:00 ‧ 10/10/2018 por Liliana Lopes Monteiro

Lifestyle

Fim dos tempos?

Não só a contagem do esperma está a decrescer, assim como a sua saúde e habilidade de se movimentar, dizem os investigadores.

As peculiaridades da vida moderna estarão assim a colocar “o futuro da raça humana em risco”.

A qualidade do esperma estará a decrescer anualmente em quase 2% porque os homens estão a consumir comida de plástico em excesso e não se exercitam o suficiente, indicam aqueles estudos.

Este declínio tem sido aparente entre os doadores de esperma e os homens que procuram tratamentos de fertilidade.

Dois estudos que serão apresentados ainda esta semana na conferência da American Society for Reproductive Medicine (Sociedade Americana de Saúde Reprodutiva), em Denver, no estado do Colorado, nos Estados Unidos, revelam que há de facto um declínio na habilidade do esperma em se movimentar, assim como a nível de abundância e de números.

Os médicos creem que a obesidade e o estilo de vida sedentário estão a contribuir para esta quebra na qualidade, assim como a exposição a toxinas tóxicas e perigosas presentes na poluição atmosférica, aponta a publicação britânica The Times.

No ano passado, os especialistas alertaram que a contagem de esperma tinha decrescido 60% nos últimos 40 anos, originando receios fundados que a continuar essa tendência poderá levar à extinção da raça humana.

Para o primeiro estudo os investigadores analisaram mais de 124 mil amostras de esperma, provenientes de seis cidades nos EUA, coletadas entre 2007 e 2017.

A equipa de cientistas da Icahn School of Medicine at Mount Sinai e do grupo Reproductive Medicine Associates, ambas em Nova Iorque, apuraram que a contagem e a concentração dos espermatozoides estavam a diminuir, assim como a sua capacidade de se movimentarem.

Já no segundo estudo, especialistas norte-americanos e espanhóis recolheram amostras de 120 mil homens submetidos a tratamentos de fertilidade entre 2002 e 2017.

Em 2002 cerca de 85% dos indivíduos apresentavam uma contagem de espermatozoides saudável, porém em 2017 esse valor tinha diminuído para 79,1%.

Mais ainda, o número de homens com uma menor contagem de esperma – e menos saudável – aumentou de 8,9% para 11,6% nos mesmos anos.

James Hotaling, coautor do estudo e docente na Universidade do Utah, disse: “A infertilidade masculina é desvalorizada e estes resultados são preocupantes”.

“Não esperávamos assistir ao mesmo declínio da qualidade dos espermatozoides em Espanha e nos Estados Unidos, todavia isso aconteceu e são factos que permanecem”.

 

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