Agora, especialistas apontam mais um caso e embora veja no seguimento do último referido, não pode ser visto como aversão, mas sim um afastamento tal, através do qual o indivíduo se limita ao máximo desta prática – um comportamento que especialistas equiparam aos casos de anorexia em que o doente evita a todo o custo qualquer alimento.
Embora estes casos não sejam ainda reconhecidos na comunidade médica, nomeadamente no Manual de Diagnósticos e Estatísticas de Distúrbios Mentais, vários especialistas admitem já se ter deparado com pacientes cujo diagnóstico vai ao encontro desta ideia, a de “evitar ao máximo o dar e receber ‘nutrição’ social, sexual ou emocional”, lê-se no El País.
Tal como acontece na anorexia nervosa (falando no caso do distúrbio alimentar) por detrás deste comportamento podem estar variados problemas, muitas vezes associado a stress ou falta de autoestima, mas também falta de educação sexual ou episódios passados de abuso sexual.
Embora cada caso seja muito específico, e obrigue a que o psicológico que acompanha o caso conheça toda a situação que originou o problema, comum a todos é a necessidade de se fazer ver a prática sexual como algo que leve ao prazer e não uma realidade a que se associa apenas aspetos negativos.
“O modelo de referência que temos é a pornografia”, aponta Emma Ribas, psicóloga especializada em terapia de casal, que vê o caso como negativo já que nestes conteúdos a mulher é normalmente tratada como objeto, uma ideia que é a única relacionada ao sexo aquando da falta de educação nesta área.
Apontado o problema, os especialistas apontam também a necessidade extrema de se distinguir estes casos de anorexia sexual dos de desinteresse sexual, que são de certa forma menos graves e podem ser passageiros, sendo apenas reflexo de uma relação que está com problemas ou mesmo a terminar.