O tabaco traz consequências negativas a qualquer ser humano, mas o caso agrava-se quando se fala de bebés, por inúmeros motivos, de entre os quais se destaca a fragilidade do seu organismo, que é fortemente afetado pelo ar poluído pelo tabaco, que se traduz em problemas respiratórios e outras respirações.
Cientes deste aspeto, a grande maioria dos pais evita ao máximo fumar próximo do bebé, o que é um bom princípio. Contudo, importa ter em consideração que mesmo com uma janela aberta a divisão onde se fuma fica com vestígios do tabaco e mesmo que a criança apenas vá para a referida divisão umas horas depois, não está livre do perigo.
Os casos de que se fala são de tabagismo passivo, ou seja, a exposição de não fumadores a produtos que resultam na combustão do tabaco em espaços fechados. Para um bebé, esta exposição pode se assemelhar ao consumo de 150 cigarros. Entre 60 a 150 cigarros por ano: Esta é a dose de nicotina a que pode estar exposto uma criança nos primeiros anos de vida, segundo um estudo avançado pela Sociedade Espanhola de Pneumologia e Cirurgia Toráxica.
Para entender os efeitos deste fumo que é consumido de forma passiva, vários estudos têm sido desenvolvidos, de entre os quais é comum a ideia de que os bebés (até aos três anos de idade) são os indivíduos mais vulneráveis devido ao seu peso e superfície corporal, além do facto de passarem em média 80% do tempo em casa.
O que o atual estudo vem acrescentar é um número que permita aos fumadores ‘ver’ uma realidade em concreto que se espera que choque e seja suficiente para mudar os hábitos em casa. Uma conclusão que mais do que nunca parece ser essencial, já que o mesmo estudo aponta que é elevada a percentagem de casais em que ambos os pais, ou pelo menos um progenitor, é fumador. Mais: as consultas de pediatria por motivos de problemas respiratórios tem aumentado, pelo menos entre a população espanhola.