Sim, há químicos nas pastas de dentes e champôs que afetam a saúde

Os químicos encontrados na pasta de dentes e no champô estão a fazer com que crianças do sexo feminino atinjam a puberdade mais cedo, avisam os especialistas.

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Liliana Lopes Monteiro
05/12/2018 07:10 ‧ 05/12/2018 por Liliana Lopes Monteiro

Lifestyle

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O número de raparigas a atingir a puberdade precocemente está a crescer exponencialmente nos últimos anos – e tal acontece devido aos parabenos.

A exposição a químicos encontrados em itens do dia a dia, tais como pasta de dentes e champô está a provocar esta mudança na saúde reprodutiva das raparigas.

Os cientistas apuraram que a presença de altos níveis desses químicos logo no útero acelera a maturidade sexual das jovens.

Contudo, o desenvolvimento dos rapazes não é afetado pelas altas concentrações daqueles compostos.

Investigadores das Universidades da California, Berkeley, levaram a cabo um estudo a longo prazo, de modo a observarem o que estaria a provocar a incidência mais precoce da puberdade.

Este desenvolvimento ‘fora do tempo’ coloca as jovens em maior risco de desenvolverem problemas do foro mental, tal como cancro da mama e dos ovários.

A líder do estudo, a investigadora Kim Harley, docente de Saúde Pública, na Universidade de California, Berkeley, disse: “Encontrámos provas que alguns químicos vastamente utilizados em produtos de cuidado e higiene pessoais estão associados com a chegada precoce da puberdade nas raparigas”.

“Especificamente, detetámos que as mães que têm índices mais elevados de dois químicos no seu organismo durante a gravidez – o dietilftalato, que é usado em fragrâncias, e o triclosan, que se trata de um agente antibacteriano e é utilizado na produção de certos sabonetes, sólidos e líquidos, e pasta de dentes – têm filhas que atingem a puberdade mais cedo”.

“Também apurámos que as raparigas com maiores níveis de parabenos nos seus corpos aos 9 anos entraram na puberdade antes do tempo”, concluiu.

Em 2010, o dobro das raparigas experienciaram puberdade precoce comparativamente a apenas uma década antes – com crianças tão jovens quanto os seis anos a reportarem sinais de mudança.

O novo estudo foi publicado no periódico científico Human Reproduction.

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