12 coisas que acontecem com o cérebro durante um orgasmo

Apesar de não ser necessário atingir o orgasmo para experimentar o prazer íntimo, a sensação, é de facto extasiante e promove o bem-estar geral.

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Liliana Lopes Monteiro
22/02/2019 16:00 ‧ 22/02/2019 por Liliana Lopes Monteiro

Lifestyle

O prazer é todo seu

Já se perguntou o que acontece ao seu corpo durante o clímax?

Segundo informações divulgadas pela revista Business Insider e pelo Jornal Ciência investigadores utilizaram imagens recolhidas por meio de dispositivos de FMRI (Imagem por Ressonância Magnética Funcional) ou PET (Tomografia por Emissão de Pósitrons), capazes de medir o fluxo sanguíneo e a atividade dos neurónios, para determinar o que exatamente acontece no cérebro durante orgasmo.

E sim, já sabe… o prazer é todo seu.

1. A parte lógica é completamente desligada

Há uma razão para as pessoas se sentirem mais ousadas e menos desinibidas durante o sexo. Isso ocorre porque a área do cérebro responsável pelo raciocínio é temporariamente desativada.

De acordo com o psicólogo clínico Daniel Sher, o córtex orbitofrontal lateral torna-se menos ativo durante o sexo. “Essa é a parte do cérebro responsável pela razão, pela tomada de decisões e pelos juízos de valor. A desativação dessa parte da mente também está associada à diminuição do medo e da ansiedade”.

2. Um orgasmo envolve partes múltiplas e remotas do corpo

Segundo a psicóloga Kayt Sukel, os investigadores descobriram que o córtex sensitivo genital, as áreas motoras, o hipotálamo, o tálamo e a substância negra, se ativam durante o orgasmo. Enquanto o tálamo ajuda a integrar informações sobre o toque e movimentos associados, o hipotálamo produz ocitocina – também conhecida por ser a hormona do prazer, do relaxamento, do amor… – que pode ajudar a coordenar a excitação.

3. O cérebro liberta uma onda de dopamina

Durante o orgasmo, o cérebro trabalha arduamente para produzir uma série de diferentes hormonas e neurotransmissores, entre eles a dopamina, relacionada a sentimentos de prazer, desejo e motivação.

4. A ocitocina é libertada durante o orgasmo (e amamentação)

Segregada pela glândula pituitária,a hormona ocitocina é libertada no hipotálamo, promovendo a sensação de afeto. Também libertada durante a amamentação, sendo conhecida por facilitar sentimentos de amor e apego.

5. Ter um orgasmo estimula o cérebro da mesma forma que usar drogas ou ouvir a sua música favorita

Aparentemente, a mesma parte do cérebro que o faz sentir tão bem após comer uma sobremesa ou vencer um jogo de futebol são as mesmas ativadas durante o orgasmo. De acordo com a ciência, o sexo prazeroso ocorre porque os caminhos de recompensa no cérebro são ativados, levando ao orgasmo. “Essas são as mesmas redes que são ativadas em resposta ao uso de drogas, consumo de álcool, jogos, ouvir a sua música favorita ou desfrutar de uma refeição deliciosa“, explicou Sher.

6. O cérebro liberta substâncias que nos tornam menos sensíveis à dor

“À medida que a glândula pituitária é ativada, a libertação de endorfinas, ocitocina e vasopressina promove a redução da dor, aumentando a intimidade e vínculo“, disse Jess O’Reilly, sexólogo. Isso poderia explicar por que coisas como bater ou puxar os cabelos podem ser aceitáveis e até mesmo prazerosas durante o sexo, mas não fora dessa experiência.

7. O orgasmo e dor ativam as mesmas áreas do cérebro

Embora a relação entre dor e orgasmo ainda não seja totalmente compreendida pela ciência, alguns estudos mostram que a estimulação vaginal pode reduzir a sensibilidade à dor em algumas pessoas.

8. Após um orgasmo, o cérebro liberta hormonas que causam felicidade e sonolência

Logo após o orgasmo, o cérebro tende a desacelerar. De acordo com Sher, isso ocorre porque é sinalizado ao sistema nervoso parassimpático que comece a regular (ou acalmar) o corpo. Basicamente, isso está relacionado ao aumento dos níveis de ocitocina, para facilitar o apego, proximidade e vínculo.

Adicionalmente, dá-se a libertação de serotonina, a hormona conhecida por promover o bom humor, relaxamento e, em algumas pessoas, sonolência.

9. O cérebro das mulheres continua a libertar ocitocina mesmo após o orgasmo

“Nas mulheres, a ocitocina tende a continuar a ser libertada mesmo após o orgasmo, o que pode explicar a motivação para os abraços e carinhos pós-coito”, observou Sher.

10. Em pessoas incapazes de sentir estimulação genital, o cérebro pode remapear-se para alcançar o orgasmo

Embora acreditemos que o orgasmo e o prazer sexual dependem da estimulação dos genitais, tal não é inteiramente verdade. Em alguns casos, o cérebro pode criar novos caminhos para o prazer que não envolvam os órgãos sexuais.

De acordo com O’Rielly, em pessoas que tiveram os órgãos removidos ou feridos, o cérebro tende a remapear os sentidos para que estas possam experimentar sensações orgásmicas em outras partes do corpo, por exemplo, através da estimulação da pele do braço ou mamilos.

11. O orgasmo é uma maneira que a natureza tem de nos ‘enganar’ para estimular a reprodução

“Se pensar objetivamente, a ideia de arriscar a vida e saúde para que um ser exista e cresça dentro de si por 9 meses, exigindo ainda após essa experiência décadas de dedicação, é algo muito trabalhoso. A Mãe Natureza pode estar a ‘enganar-nos’ para garantir que a espécie não morra“, aponta Sukel.

12. Ter um bom orgasmo equivale a um cérebro saudável

“Também pode ser que, evolutivamente falando, uma vez que essa atividade aumenta o fluxo sanguíneo no cérebro de forma tão dramática, se possa ter desenvolvido em parte para ajudar a manter o cérebro saudável“, concluiu Sukel.

 

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