Uma pesquisa britânica apurou que jovens expostos a ar extremamente poluído estão 72% mais propensos a sofrerem um episódio psicótico.
Os fumos de escape do trânsito e das fábricas já haviam sido previamente associados a doenças cardíacas, cancro e demência.
E agora uma equipa de investigadores da instituição de ensino superior de King’s College London, no Reino Unido, garante que as toxinas emitidas podem propiciar o aparecimento de doenças mentais.
Para efeitos daquela pesquisa, os investigadores questionaram 2,062 jovens de 18 anos e examinaram os níveis de poluição na atmosfera perto da sua área de residência.
Cerca de 30% reportaram ter experienciado pelo menos uma experiência psicótica desde os 12 anos.
Tal incluia ouvir vozes ou sentir que estavam a ser seguidos, vigiados ou espiados.
Essas experiências provaram ser mais comuns entre adolescentes expostos anualmente a índices mais elevados de poluição.
O ‘cocktail letal’ contém óxido de nitrogénio (NOX), dióxido de nitrogénio (NO2) e pequenas partículas (PM2.5).
Aqueles com uma maior exposição a NOX apresentavam um risco 72% maior de sofrerem de doenças mentais do que os demais.
A nova pesquisa foi publicada no periódico científico JAMA Psychiatry.