A solidão e a falta de interações sociais pode tornar os indivíduos mais propensos a sofrer de depressão. A falta de estímulo faz com que pessoas solitárias tenham uma probabilidade de cerca de 64% mais elevada de desenvolver doenças como a demência (causando o declínio cognitivo) e cardiovasculares (provocando a incidência de ataques cardíacos e o aumento de mortes prematuras).
O facto é que a solidão não afeta apenas a saúde mental de uma pessoa, mas também pode afetar a parte física. O isolamento social eleva o risco de mortalidade em 26%, além de aumentar o risco de hipertensão e de obesidade.
Num estudo recente, realizado por uma equipa de investigadores da Universidade de Berkely, nos Estados Unidos, foi revelado que o impacto de não ter amigos equivale a fumar 15 cigarros por dia.
Recentemente os médicos alertaram que o isolamento social pode ser tão mau para a saúde de uma pessoa como viver com uma doença crónica como a diabetes. Consequentemente, e como se se tratasse de um ciclo vicioso, os pacientes que se sentem solitários estão igualmente mais propensos a ir ao médico ou a realizar exames, por falta de estimulo e até por alguma falta de interesse em viver.
Relatório
Um relatório foi enviado ao governo do Reino Unido, alertando que é necessário enfrentar a solidão.
"Enfrentar as consequências da solidão é um desafio geracional que só pode ser cumprido por uma ação concertada de todos: governos, chefes, empresas, organizações da sociedade civil, famílias, comunidades e indivíduos têm um papel a desempenhar". Diz o relatório. "Trabalhando em conjunto, podemos fazer a diferença".