Tossir por mais de três semanas pode ser sinal de doença fatal
Tosse persistente por mais de três semanas pode ser sinal de doença no pulmão, nomeadamente de tuberculose.
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A tuberculose é uma doença infecciosa e transmissível que afeta prioritariamente os pulmões, mas também pode ocorrer noutras partes do corpo, como ossos, rins e meninges (membranas que envolvem o cérebro).
A transmissão acontece de forma direta, de pessoa a pessoa, por meio de pequenas gotas de saliva expelidas ao falar, espirrar ou tossir.
A tuberculose continua a ser um dos maiores problemas mundiais de saúde pública. Ainda hoje morrem mais pessoas por tuberculose em todo o mundo do que por qualquer outra doença infeciosa curável. Por estes motivos a Organização Mundial de Saúde declarou esta doença como sendo uma emergência.
Estima-se que surjam 9 milhões de novos casos de tuberculose por ano e que, destes, 1,8 milhões acabem por morrer. Estes números são particularmente chocantes se considerarmos que estamos perante uma doença curável, cujo tratamento é acessível e barato.
Na Europa existem cerca de 500 mil doentes com tuberculose, adoecem diariamente cerca de 1.000 pessoas e morrem, por ano, cerca de 40 mil doentes.
Em Portugal, foram declarados em 2012 2.480 casos de tuberculose, o que representa uma redução de 6,1% em relação a 2011. Contudo, o número de casos em reclusos aumentou nesse ano. O sucesso do tratamento nos casos de tuberculose pulmonar tem vindo a descer, atingindo valores inferiores a 85% desde 2010, segundo dados divulgados pela rede de hospitais provados CUF.
Na maioria das vezes, os sintomas mais frequentes são tosse seca contínua, no início da doença, depois tosse com presença de secreção por mais de três semanas; cansaço excessivo; febre baixa geralmente à tarde; sudorese noturna; falta de apetite; palidez; emagrecimento acentuado; rouquidão; fraqueza e prostração.
Como se diagnostica a tuberculose?
Os medicamentos são administrados por via oral (comprimidos, cápsulas ou xarope). A duração mínima do tratamento é de seis meses, variando em função do órgão envolvido, evolução ou gravidade da doença, podendo ser superior a um ano.
Sendo que a administração do tratamento correto permite a cura em mais de 95% dos casos. É fundamental o rigoroso cumprimento da medicação, de modo a se evitar o desenvolvimento de resistências.
A maioria dos casos é tratada em regime de ambulatório, sem necessidade de internamento. Este justifica-se em casos de doença mais grave ou para doentes contagiosos sem condições sociais/psicológicas para restrição do contágio ou cumprimento da medicação prescrita.
Como se previne a tuberculose?
- Rastreio
É muito importante o rastreio dos contactos próximos dos doentes com tuberculose, particularmente daqueles com tuberculose pulmonar ou das vias aéreas superiores.
Além de possibilitar a deteção de novos casos de tuberculose, o rastreio permite também diagnosticar os casos de tuberculose latente e tratá-los.
- Vacinação
A vacina BCG (bacilo de Calmette-Guérin) tem utilidade na prevenção das formas graves e disseminadas na criança, apesar de não evitar o contágio ou mesmo o desenvolvimento de doença. Todos os recém-nascidos devem por isso, ser vacinados.
A revacinação ao longo da vida não aumenta o grau de proteção não sendo, por isso, aconselhada.
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