Cancro do esófago: Sete sinais de alarme e fatores de risco do tumor

Quando as células do esófago normais envelhecem ou são danificadas, morrem naturalmente. Porém, quando as células perdem este mecanismo de controlo e sofrem alterações no seu genoma (ADN), tornam-se células de cancro, que não morrem quando envelhecem ou se danificam, e produzem novas células que não são necessárias de forma descontrolada, resultando novamente na formação de células cancerígenas.

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Liliana Lopes Monteiro
14/06/2019 09:00 ‧ 14/06/2019 por Liliana Lopes Monteiro

Lifestyle

Doenças que matam

O cancro do esófago é atualmente o oitavo cancro com maior incidência a nível mundial, variando a mesma conforme a área geográfica, a etnia e o sexo. Os países asiáticos, como é o caso da China, a Índia, o Paquistão e o Japão, apresentam as taxas mais elevadas de cancro do esófago a nível mundial, segundo informações disponibilizadas pele rede de hospitais privados CUF.

O taxa de incidência do cancro do esófago tem aumentado devido ao aumento do adenocarcinoma do esófago em países ocidentais, como consequência do aumento da prevalência dos fatores de risco mais importantes - obesidade e refluxo gastro-esofágico.

Fatores de risco

- Consumo excessivo de álcool - o consumo superior a três bebidas alcoólicas por dia aumenta o risco de desenvolver cancro escamoso do esófago.

- Refluxo gástrico – muito comum, o refluxo gástrico traduz-se no movimento anormal de ácido do estômago para o esófago e pode provocar ardor. O ácido pode danificar os tecidos do esófago, pelo que o refluxo gástrico prolongado pode levar ao desenvolvimento de adenocarcinoma do esófago.

- Esófago de Barret - Esta condição pré maligna consiste na transformação do epitélio glandular da parte final do esófago num epitélio diferente e mais parecido com o do intestino. As células deste epitélio têm mais tendência a transformarem-se em células de cancro.

- Idade – é o principal facto de risco para o cancro do esófago. A incidência aponta para o diagnóstico da doença por volta da 6ª e 7ª década de vida.

- Ser do sexo masculino – os homens têm 3 vezes mais risco de desenvolver cancro do esófago do que as mulheres.

- Ser de raça negra. 

- Obesidade. 

Sintomas

Deverá estar atento e consultar o seu médico se tiver os seguintes sintomas:

- Dor ou dificuldade em engolir;

- Perda de peso;

- Regurgitação alimentar;

- Dor no peito ou nas costas;

- Tosse e/ou rouquidão prolongada;

- Indigestão;

- Sensação de queimadura (pirose).

Tratamento

Tendo em conta o estadiamento do cancro do esófago, a equipa clínica multidisciplinar avaliará o melhor tratamento a seguir.

As opções podem incluir a cirurgia, o tratamento por radioterapia e a quimioterapia.

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