Doenças mentais crónicas, como a depressão e a bipolaridade, podem ter origem em dificuladades pessoais, genética ou, até mesmo, nem ter razões aparentes. Todavia, um novo estudo aponta que esses transtornos do foro psiquiátrico podem estar relacionados a um outro aspecto pouco debatido: o ar que respiramos.
Uma equipa de investigadores dinamarqueses apurou que a poluição do ar está associada ao aumento de risco de doenças mentais. Para eles, os poluentes afetam o cérebro humano a partir de neuroinflamações, causando sintomas relacionados à depressão e ao transtorno bipolar.
Para efeitos daquela pesquisa, foram reunidos e examinados dados provenientes de 151 milhões de cidadãos norte-americanos e 1,4 milhão de dinamarqueses.
Qualidade do ar e saúde mental
Estima-se que a poluição atmosférica seja responsável pelo crescimento de aproximadamente 6% no diagnóstico de depressão.
Por sua vez, o diagnóstico de bipolaridade aumentou 27% em regiões com má qualidade do ar. Em contraste, locais com uma boa qualidade do ar registaram uma redução de quase 22% no diagnóstico do transtorno.
Questões raciais e saúde mental
Os académicos avaliaram adicionalmente a questão racial com a ocorrência de doenças mentais.
Pessoas caucasianas apresentaram maiores taxas de depressão e bipolaridade. Por outro lado, indivíduos de raça negra tiveram níveis mais altos de esquizofrenia e epilepsia.