Os investigadores criaram um dispositivo que monitoriza a frequência cardíaca, produção de suor, temperatura da pele e movimentos dos braços.
Segundo os resultados recolhidos pela equipa, a pulseira consegue prever a crise com 60 segundos de antecedência e 84% de precisão. Embora o tempo entre o aviso e a explosão seja curto, ele dá a oportunidade para que o responsável tente acalmar o indivíduo e garantir que todas as outras pessoas presentes fiquem seguras.
Para analisar estes dados, Goodwin e a sua equipa observaram 20 crianças autistas por um período de 87 horas. Estudaram cada episódio agressivo para entender quais eram as mudanças físicas que aconteciam antes da crise e então atualizaram o dispositivo com estas informações. Graças a um investimento feito pelo Departamento de Defesa dos EUA, os cientistas esperam testar o dispositivo em 240 pessoas. Eles acreditam que com mais dados e equipamentos mais sofisticados, a pulseira possa prever as crises com mais de 60 segundos de antecedência.
Em entrevista para a Universidade, Matthew Goodwin fala sobre as mudanças que a pulseira pode trazer para os pais de crianças autistas: "Famílias que têm crianças que agem agressivamente falam que não sabem o que causa as crises e que têm medo de que possa acontecer a qualquer momento e por isso, acabam por isolar dentro de casa". O investigador continua: "alguns pais disseram-nos que mesmo se só conseguirmos oferecer 60% de precisão já é melhor do que apostar na sorte, que é o que tem agora”.