O ovo é um dos alimentos de origem animal com mais benefícios para a saúde. Ainda cru, oferece três gramas de proteína, vitamina A, B2, B5, B12 e E, minerais e ainda antioxidantes que atuam a favor do sistema imunitário, do cérebro, dos olhos e da pele.
Quando cozinhado, o ovo continua a ser um aliado da boa saúde, embora possa ficar nutricionalmente menos interessante quando é, por exemplo, frito. Mas é este um bom motivo para comer ovos crus? Nem por isso.
Como explica o site da revista norte-americana Women's Health, a capacidade do organismo absorver os nutrientes do ovo - em particular, a proteína - é de cerca de 90% quando este alimento é cozinhado, ao contrário dos 50% quando ainda está cru.
Segundo Heather Mangieri, porta-voz da Academia de Nutrição e Dietética dos Estados Unidos, consumir o ovo cru - ou com a gema ainda crua - compromete também a capacidade do organismo absorver a biotina (uma vitamina do complexo B), podendo, a longo prazo, trazer alguns problemas de saúde.
Além de serem menos digeríveis, os ovos crus portam um sério risco de contaminação de bactérias - mesmo quando a casca não é partida na taça ou recipiente em que a clara e a gema são colocadas. "O principal risco de consumir ovos crus ou pouco cozidos é a infeção por Salmonela, que causa sintomas de intoxicação alimentar, como cólicas, diarreia, náuseas, febre e dor de cabeça", explica a dietista Lauren Antonucci, que revela ainda que os sintomas podem aparecer apenas 48 horas depois de comer o ovo cru e perdurar por cerca de sete dias.
Apesar de a ação nociva da Salmonela apenas desaparecer com o calor da cozedura, há uma forma de continuar a comer ovos crus, minimizando ligeiramente os riscos. Diz a especialista que "os ovos pasteurizados são a escolha mais segura quando se trata de comer ovos crus", esclarece a especialista, destacando a importância de não consumir ovos com a casca rachada.