Investigadores da American Heart Association, nos Estados Unidos, publicaram dois estudos que indicam que ter um cão pode ajudar-nos a viver mais e com melhor qualidade de vida. Ao realizar análises com recurso a um banco de dados, constataram que, de modo geral, os donos de cães veem diminuído o risco de morte prematura em pelo menos 24%.
Num primeiro estudo, os cientistas observaram que os patudos podem ser ótimos para quem já sofreu uma doença cardiovascular, como enfartes e derrames, reduzindo em cerca de um terço o risco dessas pessoas voltarem a apresentar esses problemas.
Para realizar essa investigação, os cientistas utilizaram dados de 300 mil suecos, com idades entre 40 e 85 anos, e que já haviam sofrido um enfarte ou AVC.
Os investigadores notaram que, entre os sobreviventes de ataques cardíacos que viviam somente com cães, o risco de morte era 33% menor em comparação com quem não tinha este animal. Para os donos de cães que já tiveram derrames, o risco de morrer era 27% menor.
Numa segunda pesquisa, foram analisados dados de outros estudos, somando informações de 3,8 milhões de pessoas maiores de 18 anos. Entre os indivíduos que eram donos de cães, o risco de morte precoce era 24% inferior em relação ao resto da população e as chances de sofrer um ataque cardíaco decaíam em 65%.
“Estudos anteriores já indicaram que os donos de cães possuem um menor isolamento social e interagem mais com outras pessoas”, explicou o investigador Tove Fall, num comunicado. “Além disso, manter um animal de estimação é uma boa motivação para a prática de atividade física”.