A espirometria é um exame simples e indolor que permite avaliar a função respiratória.
Este teste, conjuntamente com a imagem fornecida pela TAC torácica são essenciais para o esclarecimento do órgão chamado pulmões.
Por norma, uma espirometria tem a duração de 15 minutos e é realizada por um cardiopneumologista. Durante o exame, o paciente está sentado numa cadeira e é-lhe colocado um clipe no nariz para manter ambas as narinas fechadas e um bocal na boca. Seguidamente o doente deve inspirar profundamente, suspender a respiração durante alguns segundos e, por fim, expirar o máximo de ar e o mais rápido que puder para o bocal. Para garantir que os resultados são consistentes, o teste terá de ser efetuado pelo menos três vezes, sendo que pode ser repetido mais vezes se se verificar uma grande variação entre os resultados do teste.
No caso de ser detetada alguma anomalia na função respiratória, esta prova deve ser complementada com uma outra, após a inalação de um broncodilatador. Por norma, o doente deve esperar 15 minutos até que seja realizado um novo teste. No final do segundo teste, o médico irá comparar os dois resultados e irá avaliar qual o efeito do broncodilatador na função pulmonar. Quando a espirometria apresenta alterações, este teste deve ser realizado pelo menos uma vez por ano.
Quando fazer uma espirometria?
- Se tiver sintomas como tosse, pieira ou falta de ar ao fazer esforços;
- Se fuma ou já fumou nalgum momento da sua vida;
- Se tem uma doença respiratória diagnosticada. Nestes casos, o estudo é realizado periodicamente;
- Se realiza atividades de trabalho relacionadas com inalação de fumo, minério, indústria têxtil, química, metalúrgica, madeireira, entre outras;
- Se vai fazer uma cirurgia;
- Se vai começar a praticar desporto.
Do ponto de vista médico, recomenda-se a qualquer pessoa em que haja suspeita de doença pulmonar, tanto para o diagnóstico quanto para controlar sua evolução. As doenças que mais se beneficiam com este método de diagnóstico são: Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica (DPOC), asma, doenças alérgicas, fibrose quística, bronquiectasia e fibrose pulmonar, deformações da parede torácica e mesmo outras crónicas como insuficiência cardíaca ou doenças neuromusculares.
É de salientar que a espirometria, além de ser um teste simples, de curta duração e indolor, possibilita um diagnóstico atempado relativamente à função respiratória.