A pesquisa publicada no periódico científico JAMA Network Open, aponta que a velocidade na qual pessoas de aproximadamente 45 anos andam pode ser um bom indicador do envelhecimento dos seus corpos e cérebros. Mais ainda, o estudo indicou que quem caminha mais devagar costuma apresentar um envelhecimento acelerado, o qual resulta numa maior fragilidade dos pulmões, dentes e sistemas imunológicos.
O trabalho levou em conta dados levantados de 904 pessoas nascidas em num único ano na Nova Zelândia. Desde o nascimento, cientistas testaram esses indivíduos em relação aos seus QIs, tolerância à frustração, compreensão linguística, controlo emocional e habilidades motoras, além de realizar alguns exames físicos, como ressonâncias magnéticas. De acordo com as conclusões finais do estudo, os resultados dos exames citados feitos aos 3 anos de idade podem prever a velocidade em que a pessoa andará aos 45.
Já era sabido que aqueles que caminham mais devagar aos setenta ou oitenta anos tendem a morrer antes, comparativamente aos seus pares mais velozes. O que não se sabia, no entanto, é a estreita relação entre o andar e alguns fatores físicos e psicológicos já presentes na infância.
Os cientistas concluíram que indivíduos que andam lentamente tendem a ter um menor volume cerebral, quando comparados com os mais rápidos. Essas observações são comuns em cérebros mais velhos, revelando um tipo de envelhecimento precoce.