Mesmo que a intenção do gesto seja boa, há quem não suporte ser abraçado. Segundo Suzanne Degges-White, psicóloga e orientadora na Universidade de Northern Illinois, nos Estados Unidos, o gosto pelos abraços é uma sensação que se vai formando nas pessoas quando ainda são crianças.
Numa entrevista ao jornal britânico The Independent, a especialista explicou que a tendência para o contacto físico depende das experiências de infância: "Um estudo de 2012 concluiu isto mesmo: que filhos de pais com a tendência para trocar abraços tinham mais probabilidades de continuar esta tradição já adultos. O mesmo estudo explicou que dar abraços é um elemento fundamental no desenvolvimento emocional de uma criança", disse.
Em suma, se não existir troca de abraços em família é bastante provável que a criança se desenvolva sem essa capacidade afetiva. O inverso também pode ocorrer - a carência pode levar a que se tornem adultos que gostem de abraçar em demasia.