Por que os vegans e vegetarianos têm um maior risco de demência
Alimentos como carne e ovos fornecem ao organismo substâncias que protegem o cérebro contra doenças neurodegenerativas, como colina, ómega-3 e vitamina B12
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Lifestyle Demência e Alzheimer
O número de vegans e de vegetarianos mais restritos que não consomem alimentos de origem animal, como carne, ovos e lacticínios, tem crescido drasticamente. Todavia, um especialista afirma que esse tipo de regime alimentar aumenta significativamente o risco de demência e outros problemas de saúde mental.
Isso porque carne, peixe e ovos fornecem ao corpo substâncias químicas importantes na proteção dos neurónios. Sem elas, portanto, o organismo está menos protegido. "Os famosos estão constantemente a falar sobre como a carne vermelha não é saudável, mas na verdade trata-se de uma ótima fonte da energia que o cérebro necessita”, comentou Max Lugavere, investigador e autor do livro 'Genius Foods' ('Os Alimentos dos Génios'), ao jornal britânico The Telegraph.
O consumo de carne fornece ainda elevadas doses de ferro, que exercem um papel importante na saúde cerebral.
As consequências
Uma pesquisa descobriu que mulheres que não consomem a quantidade recomendada de carne vermelha por semana (até 500 gramas) estão mais propensas a serem diagnosticadas com transtornos de humor, como depressão e ansiedade. Esses resultados também podem ser aplicados aos homens.
A importância do ovo
Um dos principais alimentos a impactar na saúde do cérebro é o ovo. Fonte de proteína, contém colina, uma vitamina do complexo B, que pode diminuir o risco de demência em 28%. “A colina é realmente importante e está concentrada em produtos de origem animal: uma gema de ovo tem cerca de 25% da necessidade diária. Essa substância pode ser encontrada em vegetais, mas em quantidades muito menores”, disse.
O alerta em relação ao ovo também serve para pessoas que comem apenas a clara dos ovos.
Estudos tem reportado que os vegetarianos restritos também apresentam menores concentrações nos tecidos de ómega-3 e vitamina B12 o que pode aumentar o risco de desenvolver depressão.
Outras fontes nutricionais
O investigador recomendou o consumo de abacate, amêndoas, azeite extra-virgem e vegetais crucíferos, como brócolos, couve-flor, rabanete, além de chocolate preto e cogumelos, para garantir os nutrientes necessários para a boa saúde do cérebro. Outra dica é praticar exercício físico regularmente.
Max Lugavere destacou ainda que é possível melhorar a saúde cerebral de quem opta por não comer carne com a toma de suplementos. “Estudos mostram que vegans e vegetarianos que tomam suplementos à base de creatina apresentam melhores resultados de memória”, explicou.
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