Uma mutação rara no gene APOE3 permitiu a mulher colombiana com predisposição genética para sofrer de Alzheimer atrasar os sintomas da doença. Isto significa que em vez de começar a ter sintomas de demência por volta dos 40 anos, tal só aconteceu três décadas depois.
O caso foi relatado esta semana na revista científica Nature Medicine, e a comunidade científica acredita que o acontecimento pode vir a ser útil no tratamento e prevenção da doença de Alzheimer.
A descoberta foi feita quando os investigadores analisavam um grupo de 1200 pessoas, na Colômbia, numa população portadora de uma outra mutação, desta vez, no gene PSEN1. Esta mutação faz com que o Alzheimer seja inevitável. Nesta condição, quase sempre se tem sintomas de demência e problemas cognitivos por volta dos 40 anos. A mulher foi a excepção.
Apesar de a mutação genética comum na região a condenar à doença, uma outra mutação genética atrasou a demência em vários anos.