Levemente frisante, com sabores que vão de hibisco a gengibre, e de gosto avinagrado, a kombucha está cada vez mais na moda. Feita a partir da fermentação de chá adoçado, é uma bebida probiótica e antioxidante, rica em vitaminas C, K e do complexo B.
Mas sua história remonta há milénios antes dos supermercados e cafés começarem a vendê-la. Eis algumas curiosidades da kombucha, segundo a revista TIME.
1. Origem chinesa
Os primeiros registos de produção do chá fermentado são da China, do período da Dinastia Tsing, em 221 a.C. Surge inclusive na Bíblia (Rute 2:14), quando o proprietário de terras Boaz convida Rute durante a apanha de grãos: "Vem cá e come um pouco de pão e mergulha o teu bocado na bebida de vinagre".
2. Popularidade
Embora milenar, a bebida só se popularizou no ocidente a partir do século XX. Durante a Segunda Guerra Mundial, voltou a aparecer na Alemanha e, em 1960, investigadores suíços afirmaram que beber kombucha é tão benéfico quanto comer iogurte.
3. Como é feita
A kombucha tem como base o chá da planta Camellia Sinensis adoçado. Este é fermentado por um processo conhecido como Cultura Simbiótica de Bactérias e Leveduras (SCOBY), que acontece durante uma a duas semanas. Os microrganismos transformam o açúcar em álcool, e o álcool em ácido acético — e por isso a kombucha tem um leve teor alcoólico. Já o traço frisante é natural do processo de fermentação.
4. Está repleta de nutrientes
O principal benefício da kombucha é regular a flora intestinal e ajudar a evitar problemas como prisão de ventre. Rica em polifenóis e ácido acético, pode minimizar infecções bacterianas e fúngicas. Também é conhecida por controlar a pressão arterial, diminuir o stess, aliviar a dor de cabeça e as insónias.
5. Polémica científica
Assim como a maioria das tendências alimentares e de dietas, ainda não há consenso na comunidade científica relativamente à kombucha, especialmente porque faltam dados e pesquisas mais abrangentes sobre os efeitos da bebida no organismo. É tida por alguns investigadores como muito benéfica para a saúde; outros pedem cautela e consideram-na até perigosa. Sem pasteurização, a bebida pode irritar o estômago e, por ter microrganismos, acabar por causar algum mal ao organismo. Mas pasteurizar não é uma saída, já que os benefícios probióticos seriam obliterados.