Cientistas descobrem molécula que pode pôr fim a Alzheimer

Uma equipa de investigadores do Instituto Europeu de Pesquisa do Cérebro da Fundação Rita Levi-Montalcini, em Itália, descobriu uma forma de atrasar ou mesmo de impedir o aparecimento da doença de Alzheimer - o tipo mais comum de demência, que afeta 44 milhões de pessoas em todo o mundo.

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Liliana Lopes Monteiro
26/11/2019 08:33 ‧ 26/11/2019 por Liliana Lopes Monteiro

Lifestyle

Alzheimer e demência

Segundo um estudo publicado esta segunda-feira no periódico científico Nature, foi detetada uma molécula que rejuvenesce as células cerebrais, bloqueando desta forma a doença de Alzheimer logo na primeira fase. 

A molécula em questão, o anticorpo A13, estimula o nascimento de neurónios ao mesmo tempo que combate os problemas que advém da patologia debilitante. 

Para efeitos daquela pesquisa, os cientistas italianos conduziram experiências em ratos que conseguiram produzir neurónios saudáveis e funcionais. Estima-se que a descoberta possa trazer com ela novas possibilidades de tratamento e diagnóstico da doença.

O que é a doença de Alzheimer?

De acordo com informações disponibilizadas pela rede de hospitais CUF, a doença de Alzheimer, de instalação insidiosa e progressão lenta, afeta, primeira e predominantemente, a memória episódica. Ou seja, o doente começa por ter dificuldades em lembrar-se de fragmentos recentes da sua vida (onde coloca os objetos, os recados, o que comeu no dia anterior, em que dia do mês está).

Quais os sintomas da doença de Alzheimer?

As memórias mais remotas resistem melhor, mas acabam também por se perder ao longo da doença. Ao defeito de memória vão-se juntando lentamente outros sintomas característicos da doença de Alzheimer:

- começa a haver dificuldade em reconhecer pessoas;

- o discurso torna-se cada vez mais pobre e entrecortado à procura de palavras;a orientação em espaços fica cada vez mais difícil;

- com o tempo começam também a surgir as primeiras alterações do comportamento, sendo frequentes as alucinações visuais e a atividade delirante (o doente achar que o roubam ou perseguem), resultando em agitação e agressividade.

Este conjunto de dificuldades aumenta até ser suficiente para a pessoa deixar de viver de forma autónoma, tendo que ser ajudada em tarefas antes realizadas de forma natural como cozinhar, vestir-se, lavar-se, lidar com eletrodomésticos ou dinheiro.

Alzheimer em Portugal e no mundo

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a taxa de prevalência desta doença, que aumenta exponencialmente com a idade, varia de até 1% aos 60-65 anos a quase 50% acima dos 90 anos, estimando-se um total superior a 150 mil doentes em Portugal e 44 milhões em todo o mundo.

 

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