Ajudar os outros a encontrar o seu potencial e motivar a espontânea satisfação pessoal. É este o propósito de Vasco Marques, de 22 anos, estudante de Marketing e coach.
O universo do desenvolvimento pessoal atraiu-o desde cedo. Ao sofrer de ansiedade, usou a sua experiência para ajudar os outros a ultrapassar problemas semelhantes. Com ligação a um profissional em terapia Reiki e meditações, aplicou planos de outros mentores que foi testando com amigos e os resultados "foram sempre positivos".
A par do que é "real", dedica-se ao universo da astrologia, onde se tem destacado com a realização de mapas astrológicos. Nesta área, garante, a taxa de sucesso pode fazer reverter o ceticismo de alguns.
Fomos perceber porquê.
Quando é que começou a aperceber-se de que as suas ‘fórmulas’ resultavam?
Comecei a ajudar pessoas com ansiedade que deixaram de tomar comprimidos que tomavam diariamente. É fascinante. Desde muito novo que me interessava pela área, mas nunca tinha feito nada publicamente. Então, comecei a fazer algumas publicações motivacionais no Instagram e tive muita adesão. Na altura fiz uma palestra que foi promovida pelo António Raminhos. Expliquei-lhe o meu plano e ele acreditou em mim. Foram cerca de 100 pessoas, o que para a minha primeira experiência foi ‘wow’. O feedback que tive depois foi o que me permitiu estar aqui.
Acredito que energeticamente o que tu pensas é o que atraisEm que temas são focados as palestras?
Desenvolvimento pessoal, mindset/mindfulness, astrologia, nutrição e alimentação. O meu objetivo principal é fazer uma junção do real e do espiritual. Acredito que energeticamente o que tu pensas é o que atrais. As minhas palestras têm essa junção, mas tem tudo a ver com desenvolvimento pessoal.
Fala sobretudo para jovens?
A minha palestra foi sobretudo para jovens, a segunda teve muito mais público na casa dos 30.
Vejo um aumento de potencial nas pessoas, mas um grande acréscimo de ansiedade
Quando as pessoas vão procurar um coach, procuram resolver que tipo de problemas?
A maior parte problemas de insegurança - pessoas que acham que têm muito potencial mas não sabem como cumprir os objetivos -, ansiedade e bloqueios. Procuro ajudar as pessoas nas minhas palestras e numa espécie de seminário com consultas individuais.
O facto de ajudar os outros a encontrar potencial faz com que seja mais atento ao que o rodeia. Sendo um jovem e tendo um público maioritariamente da mesma faixa etária, que leitura faz desta geração?
É quase uma dualidade: Vejo um aumento de potencial nas pessoas, mas um grande acréscimo de ansiedade.
De alguma forma relaciona isso com o facto de partilharmos muito da nossa vida nas redes sociais?
É pela forma como a sociedade está a viver em geral, a forma capitalista, as redes sociais, a importância com a imagem, tudo isso fragiliza quem nós somos e o nosso propósito. Tenho visto muito isso. Somos uma geração criativa. Há muitas pessoas a não quererem o sucesso dos outros. Por exemplo, há quem me diga: ‘Comecei um projeto, mas as pessoas começaram a dizer que estava a fazer demasiados Instagram Stories, isso limitou-me e eu parei’. Porque é que parou se estava a dar satisfação pessoal e rendimento financeiro? Basta uma pessoa em 100 a criticar para causar esse efeito. Por isso é que eu ajudo a fazer o foco no que é positivo.
Está a ser testada a ocultação de likes no Instagram. A vir ser implementada, vai de alguma forma ajudar a libertar alguma tensão?
A parte de não aparecer os likes seria bom para pessoas com problemas de autoestima porque ficávamos todos iguais. No entanto, quando há trabalhos bons determinamos esse sucesso pelo número de likes. Muitas vezes olho para essas pessoas e tento procurar quem me pode inspirar mais.
A astrologia não é só signos, tem a ver com influências energéticas Atingir um substancial número de seguidores é um processo de certo modo moroso. Essa visão não é um pouco ingrata para quem está a iniciar atividade nas redes sociais?
Tenho de discordar. Há imensas pessoas que aderem ao Instagram e sem compra de seguidores conseguem um sucesso enorme. Com o dinheiro que investem em publicidade para patrocinar as publicações e a qualidade do conteúdo [conseguem conquistar público].
Outra das áreas a que se dedica é a astrologia com a elaboração de mapas astrológicos. Basta indicar o nome, a data e hora de nascimento. O que é que essas páginas (entre 15 a 20) nos dizem?
A astrologia não é só signos, tem a ver influências energéticas. O mapa astral que faço, com esses dados, é exclusivo e indica os 12 setores de vida. Por exemplo, o Sol que é o signo relativo ao mês em que se nasce, Mercúrio que representa o pensamento, Vénus representa a forma como se lida com o amor. Comecei a fazer mapas astrais e a taxa de acertar nas informações era de 90 a 100%.
É uma atividade à qual se dedica há apenas três meses.
Tive duas formações com um astrólogo em Lisboa e duas formações online com um dos maiores astrólogos do Brasil. Foram 400 horas de trabalho. Comecei a ver que cada vez que fazia um mapa acertava nas características das pessoas, seja na parte na cura ou ferida. Falei sobre os mapas numa palestra e no início as pessoas estavam reticentes, mas depois foram surgindo e desde o dia 1 de setembro que já fiz cerca de 300.
Acho que os céticos têm medo, por isso focam-se em estruturas e em tudo o que é provado. Só que isto tudo já está a ser provado Quando as pessoas recebem os mapas, a que pontos dão mais atenção?
A cura, a ferida e a missão da alma. Há um dos pontos em que, através dos planetas e asteroides, saber qual é a cura e como se pode curar isso. Posso dizer que até agora nenhum mapa falhou. A parte da missão da alma é tido como o Nó de Norte e indica qual o propósito da vida da pessoa. As previsões também prendem bastante a atenção das pessoas.
Conseguimos agrupar os signos pelos mais sociáveis, os mais ciumentos...?
Normalmente as pessoas focam-se só no signo, mas o mapa vai dar todas as vertentes. Existem 12 signos, 12 planetas e 12 casas e, por exemplo, a casa 12 é a das limitações, tudo o que ela toca limita. Imaginemos uma pessoa do signo leão que tem todas as características para ser sociável, aberta a novas ideias, centrada na imagem porque quer crescer, otimista e um pouco orgulhosa. Se a casa 12 dissolve tudo, todas estas características dissolvem-se e a pessoa passa a ser o contrário: tímida, em vez de focada em si, focada em problemas alheios, em vez de orgulhosa, passa a dar mais de si.
A área do desenvolvimento pessoal está a atrair cada vez mais pessoas, pelo que surgem vários conteúdos seja nas redes sociais ou em formato de documentário. Quem são as suas inspirações na atualidade?
Tudo isto nasceu comigo. Aos 15 anos nunca tinha visto nenhum documentário e sempre fui assim. Mas uma das minhas referências máximas é o Tony Robbins.
Para rematar, o que tem a dizer aos céticos?
Para experimentarem, irem a uma palestra ou seminário e verem as diferenças que vão ter na sua vida. Acho que os céticos têm medo, por isso focam-se em estruturas e em tudo o que é provado. Só que isto tudo já está a ser provado.
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