Segundo uma pesquisa publicada no periódico científico GeroScience, e divulgada pela revista VEJA, quando usado de forma tópica – ou seja, aplicada diretamente – a rapamicina retarda envelhecimento da pele atenuando as rugas e flacidez, melhorando a uniformidade da derme e compleição como um todo.
Neste momento a substância está aprovada para uso imunossupressor, constituindo parte de um tratamento para evitar a rejeição de órgãos transplantados. É ainda utilizada no tratamento de uma doença pulmonar rara e também como medicamento contra o cancro.
O estudo
Investigadores da Escola de Medicina da Universidade Drexel, nos Estados Unidos, recrutaram 13 indivíduos com mais de 40 anos. Os participantes foram orientados para aplicar um creme à base de rapamicina a cada um ou dois dias em uma das mãos, enquanto aplicavam uma loção placebo na outra. Os voluntários foram acompanhados durante oito meses e os cientistas realizaram análises de sangue e biópsias a cada dois meses até ao fim da experiência.
No final do estudo os cientistas constataram que a maioria das mãos nas quais foi aplicada a rapamicina tinham índices mais elevados da proteína de colágenio e níveis mais reduzidos de proteína p16, sendo que este se trata de um importante marcador do envelhecimento das células da pele. Como tal, esses voluntários tiveram menos células senescentes, que estão associadas ao surgimento de rugas.
Além dos benefícios para a beleza, os investigadores apuraram que os níveis mais baixos de proteína p16 ajudam a evitar a atrofia dérmica. Este tipo de atrofia é bastante em idosos, caracterizando-se por uma pele frágil que rasga facilmente, com capacidade lenta de cicatrização em caso de cortes, assim como aumenta o risco de infeção.