Miastenia grave: Seis sintomas da doença que afeta os músculos dos olhos

A miastenia grave é uma doença autoimune relativamente rara e de causa desconhecida, que atinge a junção neuromuscular através da produção de anticorpos contra os recetores da acetilcolina.

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Liliana Lopes Monteiro
27/01/2020 15:20 ‧ 27/01/2020 por Liliana Lopes Monteiro

Lifestyle

Doença crónica

Consequentemente, o estímulo nervoso deixa de ser corretamente transmitido aos músculos e estes passam a funcionar ineficientemente, conforme explica o hospital CUF

Ao todo, estima-se que existam cerca de 150 casos de miastenia grave por milhão de habitantes. Sendo que relativamente à incidência por género, a doença rara atinge sobretudo mulheres na segunda e terceira décadas e homens na sexta e sétima décadas de vida. A tom de curiosidade, o cantor Anselmo Ralph sofre desta doença crónica.

Sintomas

A CUF aponta que o sintoma inicial mais frequente é a fraqueza de um músculo ou grupo muscular localizados e não uma fraqueza muscular generalizada. Um dos locais mais frequentemente afetados são os músculos que coordenam o olho, levando a visão dupla e ptose palpebral (pálpebra caída). Raramente o doente apresenta fraqueza muscular generalizada sem atingimento ocular.

Os sintomas mais comuns:

- Alteração da expressão facial;

- Dificuldade em mastigar e engolir;

- Dificuldade em suster, fletir e estender a cabeça;

- Diminuição da força muscular nos membros (tendencialmente mais nos músculos das cinturas: anca/coxa e ombros/braço);

- Atingimento dos músculos respiratórios, levando a dificuldade na respiração que, no seu estado mais grave, pode levar à necessidade de ventilação mecânica

Fatores que agravam a condição

  • Exposição solar;
  • Situações de stress;
  • Menstruação;
  • Certos medicamentos (como betabloqueadores usados para tratar a hipertensão arterial, alguns anestésicos e alguns antibióticos). 
  • Tratamento da miastenia grave

Tem tratamento?

Segundo a CUF, a miastenia grave é crónica e progressiva, mas tem tratamento, que inclui a toma de fármacos inibidores da acetilcolinesterase, imunossupressores (incluindo corticoides) e imunoglobulina endovenosa. Associada a estes, a realização de plasmaferese (um tipo de filtração do sangue que remove os anticorpos causadores da doença) pode ser uma opção em determinados casos. Também em casos particulares, a remoção cirúrgica do timo (órgão situado na cavidade torácica e que é responsável pela maturação e otimização do sistema imunitário).

 

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