Os fumadores e os seus filhos têm uma maior probabilidade de sofrer de depressão e esquizofrenia, de acordo com um estudo.
As descobertas dos cientistas da Universidade de Bristol, no Reino Unido, apoiam evidências crescentes de que fumar faz mal ao corpo e ao cérebro.
"Indivíduos com doenças mentais são frequentemente negligenciados nos esforços para reduzir a prevalência do tabagismo, levando a desigualdades na saúde", disse Robyn Wootton, principal autor do estudo, num comunicado citado pelo New York Post. "Deveríamos fazer todos os esforços para impedir o início do tabagismo e incentivar a cessação do tabagismo por causa das consequências para a saúde mental e a saúde física".
Olhando para a composição genética de 462.690 pessoas de ascendência europeia, os investigadores identificaram aqueles que provavelmente tiveram os distúrbios psicológicos, com base em suas variantes genéticas. Depois, verificaram quais dessas pessoas eram fumadores.
Os mesmos afirmam que o seu estudo, publicado na revista Psychological Medicine, revelou que, embora os pacientes com depressão e esquizofrenia tenham maior probabilidade de adquirir o hábito, o inverso também é verdade: os fumadores correm um risco maior de desenvolver essas doenças mentais.
No entanto, alguns médicos sem relação ao estudo discordam discordam destas afirmações. É o caso de David Curtis, um psiquiatra aposentado. Este disse à CNN que é improvável que o consumo do tabaco altere o cérebro dessa maneira, embora estes resultados possam refletir evidências passadas de que fumar durante a gravidez pode aumentar o risco de esquizofrenia na criança.