Cafeína aumenta capacidade de resolver problemas, mas...

O componente estimulante do café promove a concentração, porém não nos torna mais criativos, sugere um estudo norte-americano.

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Liliana Lopes Monteiro
06/04/2020 12:00 ‧ 06/04/2020 por Liliana Lopes Monteiro

Lifestyle

Café

Um novo estudo realizado por investigadores da Universidade do Arkansas, nos Estados Unidos, publicado no periódico científico Consciousness and Cognition, e divulgado pela revista Galileu, aponta que a cafeína intensifica a capacidade concentração, mas que não estimula a criatividade.

Apesar dos benefícios da cafeína relativos a maior foco e execução de tarefas, a verdade é que o efeito do estimulante na criatividade é menos conhecido, refere a autora do estudo Darya Zabelina

No ensaio científico divukgado, Zabelina separa o pensamento humano em “convergente” e “divergente”. O primeiro caracteriza-se pela procura de uma solução um determinado problema. Entretanto, o segundo é centra-se na produção cerebral de novas ideias.

Segundo os dados apurados, a cafeína melhorou notoriamente o pensamento convergente, contudo não impactou significativamente no divergente. 

Conforme explica a Galileu, durante a realização da experiência 80 voluntários receberam aleatoriamente uma comprimido de 200 mg de cafeína, o que equivale a uma chávena de café forte. Posteriormente os indivíduos foram testados em medidas padrão de pensamento convergente e divergente, memória no trabalho e humor. Adicionalmente aos dados apurados acerca da criatividade, a cafeína não afetou expressivamente a memória de trabalho, apesar dos voluntários terem reportado sentirem-se menos tristes. 

"Os 200 mg aumentaram a resolução de problemas significativamente, mas não tiveram efeito no pensamento criativo", conta Zabelina, num comunicado emitido à imprensa. Todavia, convém ressaltar que o estudo também não mostrou, ao invés, um decréscimo na capacidade criativa - ou seja, mostrou ser uma substância neutra neste campo. 

“Então, pode sim continuar a beber o seu café; já que não vai interferir com essas capacidade”, concluiu a cientista. 

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